Após percorrer as ruas da cidade e constatar os estragos ocasionados pela chuva e por atos de vandalismo em alguns bairros da capital, o prefeito João Alves Filho decretou Estado de Emergência em Aracaju e convocou os secretários para uma reunião dando as diretrizes necessárias para solucionar os problemas. Em apenas uma noite choveu 220 mm, o que era previsto para todo o mês de novembro. Os transtornos ainda foram agravados por conta da maré alta, que reduz a velocidade do escoamento da água, e de alguns manifestantes que impediram a entrada de profissionais da Prefeitura para averiguar os estragos e buscar as soluções necessárias.
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O prefeito reconhece os transtornos ocasionados pela chuva, mas garante que a situação foi agravada, de forma extrema, por conta dos atos de vandalismo praticado por algumas pessoas nos bairros, como por exemplo, o Jardim Esperança, onde atearam fogo até mesmo em tapumes e no barracão do canteiro de obra da reforma da praça, impedindo os operários de trabalhar.
“Essa situação em que estamos vivendo é por conta de três fatores: a quantidade de chuva, que foi acima do previsto para todo o mês de novembro; a coincidência infeliz por conta da maré alta, e a terceira foi o inesperado, onde algumas pessoas faziam atos de vandalismo. Duvido muito que fossem moradores, pois havia manifestações contra essas ações. Esta situação parecia ser um ato premeditado, que impediram a mim e minha equipe de entrar nos lugares afetados e resolver os problemas, como foi o caso do conjunto Lourival Batista”, destacou o prefeito.
“Decretamos Estado de Emergência na cidade e precisamos enviar um relatório completo à Defesa Civil Nacional para ver o que precisamos de ajuda do Governo Federal para resolvermos os problemas mais graves. Não conseguimos sequer fazer isso. Convoco a população desses bairros para mostrar que esses vândalos estão destruindo um patrimônio que é deles. Essas pessoas estão trabalhando contra interesses da própria população”, completou João Alves.
De acordo com moradores a situação do bairro Jardim Esperança foi comprovadamente planejada, já que na noite anterior já havia pichações nos tapumes que isolavam a praça que está em reforma. A atual gestão encontrou a obra paralisada, e deu continuidade ao serviço que, desde então, já teve tapumes roubados duas vezes. O problema de enchente no Jardim Esperança é crônico, e deve ser solucionado com as obras que a Prefeitura já licitou e iniciou execução, no valor de R$ 4 milhões.
Em maior parte da cidade a água já abaixou. Mas a quantidade de chuva que ultrapassou o previsto foi agravada ainda mais pela maré alta. A preocupação da Prefeitura com a drenagem da capital não é recente. Há cerca de três meses, para que transtornos como esses não ocorram, um contrato no valor de R$ 1 milhão foi firmado com a Universidade Federal de Sergipe (UFS) para fazer um levantamento preciso e apresentação sobre o sistema de drenagem da cidade.
Os locais onde as equipes da Prefeitura conseguiram averiguar a situação, já estão sendo executadas limpezas e retirada do lixo que entupiu os bueiros. Para que situações como essa não voltem a ocorrer, a Prefeitura de Aracaju solicita à população que não jogue lixo nas vias públicas e aos moradores que apenas coloquem seus lixos do lado de foram nos dias previstos para recolhimento. O material é levado pela chuva e entope os bueiros, ocasionado enchentes e transtornos durante o período chuvoso.
No canal da avenida Gentil Tavares, por exemplo, as providências já foram tomadas para amenizar os transtornos. Os aracajuanos devem manter-se sob alerta, já que a meteorologia prevê mais chuva durante a noite.
Da Agência Aracaju de Notícias