por GLOBOESPORTE.COM
Com saudade de ver o Vasco de perto, a torcida encheu o acanhado Estádio do Sesi, em Manaus, na noite desta terça-feira, e fez sua festa. Em campo, a equipe cruz-maltina, entretanto, teve uma exibição apenas suficiente para vencer por 2 a 0 o Nacional-AM, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, e levar uma vantagem confortável para o Rio de Janeiro. Os gols marcados por Tenorio, no fim de cada tempo, deixaram o time comandado por Dorival Júnior muito perto da classificação.
As duas equipes voltam a se enfrentar no dia 29, em São Januário. O Vasco poderá até perder por um gol de diferença para se classificar para as quartas de final. O Nacional precisa vencer por dois gols de vantagem (com placar a partir de 3 a 1) ou mais para seguir na competição. Caso os amazonenses façam 2 a 0, a decisão será nos pênaltis. Antes disso, o Vasco vai a Brasília enfrentar o Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro, enquanto o Nacional recebe o Náutico-RR em Manaus, pela Série D do Brasileirão. Os dois jogos serão neste domingo.
– Sabíamos que seria difícil. É importante, o Nacional jogou bem, mas conseguimos a vitória para ficarmos mais tranquilos dentro de casa. Mata-mata fala tudo, você tem que ganhar. Se perder está fora. É bom também não ter tomado gol. O Nacional é um time de qualidade, brigador, mas mesmo estando mal em alguns minutos, conseguimos controlar – disse Tenorio, autor dos gols do jogo.
No lado do Nacional, o meia-atacante Marcinho lamentou as chances perdidas pela equipe.
– No primeiro tempo só deu o nosso time no jogo. Tivemos oportunidades e não fizemos, e sabemos que contra equipe grande é assim, tem que fazer. Eles fizeram, mas nós não deixamos de jogar o bom futebol que vínhamos jogando.
Vasco leva susto no início
O público que superlotou o acanhado estádio não deixou de ter emoção. Mesmo que o nível técnico tenha se mostrado baixo de ambos os lados, não faltaram oportunidades de gol para as duas equipes. E o Nacional, empenhado em mostrar serviço frente a um grande clube, levou perigo ao Vasco, que apresentou uma defesa desarrumada e frágil no combate, além de um meio-campo que deixou espaços ao adversário. Logo no início, Leonardo chegou a balançar a rede para os donos da casa, mas a arbitragem anulou o lance, assinalando impedimento.
O goleiro Diogo Silva foi acionado em algumas oportunidades, e em outras faltou pontaria aos jogadores do Nacional. Do outro lado, Gilberto, camisa 1 do time da casa, brilhou numa sequência de defesas no início do primeiro tempo, mas pouco antes do intervalo foi traído por um companheiro de equipe. Após cobrança de escanteio aos 43 minutos, Tenorio subiu e cabeceou. A bola tomava a direção da linha de fundo, mas foi desviada pelo zagueiro Emerson e parou no fundo da rede. Assim o Vasco terminou a primeira etapa aliviado pela vantagem no placar.
Pênalti no fim sela vitória
O time carioca retornou para o segundo tempo com Yotún no lugar de Henrique, na lateral esquerda, mostrando a disposição de Dorival Júnior de ver sua equipe mais adiantada. Mesmo ainda sem jogar bem, o time cruz-maltino passou a ter maior controle da posse de bola e cadenciou a partida, com o Nacional buscando seu gol na base da vontade. Mesmo assim, exigiu pelo menos três boas defesas de Diogo Silva em chutes de fora da área.
Com alguns jogadores claramente sentindo desgaste físico, o Vasco colocou o pé no freio a partir da metade final do segundo tempo. Os cariocas priorizavam a defesa e tentavam sair nos contra-ataques, e o Nacional se mandava para frente em busca de um gol que amenizasse a desvantagem no jogo de volta. No entanto, foram os visitantes que balançaram a rede mais uma vez. Após erro na saída de bola, Eder Luis arrancou e, cara a cara com Gilberto, foi derrubado dentro da área por Rafael Morisco. Pênalti e cartão vermelho para o zagueiro do Nacional. Tenório cobrou pênalti aos 45 e deu números finais ao placar a favor dos vascaínos.