Marina Dutra, do Contas Abertas
O Tribunal Superior do Trabalho (TST), com sede em Brasília, é cercado por um jardim que precisa de cuidados especiais para se manter belo durante o ano. Esta semana, o TST reservou R$ 197 mil para o pagamento de serviços de jardinagem e paisagismo em toda a área verde do órgão. O montante deve atender às despesas necessárias até o fim do presente exercício.
A empresa responsável pelos serviços é a Terra Viva Serviços de Jardinagem, que venceu o pregão que também envolve o fornecimento dos materiais e equipamentos adequados para a execução dos trabalhos. De acordo com publicação no Diário Oficial do dia 17 de julho, a empresa recebe R$ 37 mil por mês para a realização dos serviços de jardinagem e paisagismo no TST.
O TST também reservou R$ 11,6 mil para a aquisição de um serviço de coquetel volante e todo o serviço de apoio, para a solenidade de Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, que será realizada no dia 14 de agosto. A cerimônia destina-se a agraciar personalidades civis e militares que tenham se distinguido no exercício de suas profissões e contribuído para engrandecimento do país.
Os servidores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) não poderão reclamar de dores nos pulsos, ocasionadas pelos períodos de trabalho com o computador. O Tribunal empenhou (reservou em orçamento para pagamento posterior) R$ 15,9 mil para a compra de 800 apoios de punho para mouse. Cada item já virá com o logotipo do TJDFT e sairá por R$ 19,86. Outros R$ 13,5 mil foram reservados para a aquisição de 750 unidades de apoios de punho para teclado, que custam R$ 18,00 cada.
Com a chegada do segundo semestre, o TJDFT resolveu comprar novos uniformes para os servidores do órgão. Foram reservados R$ 19,1 mil para a aquisição de 1.280 camisas pólo. As peças são confeccionadas em malha piquet liso, com gola canelada em algodão e elastano. Cada uma sairá por R$ 15,00. A Corte também empenhou R$ 19,1 mil para a compra de 640 calças pretas, com botão e bainha na barra e reguladores laterais para ajustar a cintura. As calças sairão por R$ 30, cada.
O TJDFT investiu ainda em material para escritório. Foram empenhados R$ 28 mil para a aquisição de 2.000 grampeadores de mesa, para grampo 26/6. Os itens da marca Adeck G2000, são revestidos em aço esmaltado e possuem base entre 17 e 20 cm. A empresa Start Up Comércio e Serviços foi a vencedora do pregão para o fornecimento dos produtos, que deverão ser entregues em 30 dias.
O Supremo Tribunal Federal (STF), por sua vez, comprou novas poltronas, para o conforto dos servidores do órgão. O STF reservou R$ 44,5 mil para a aquisição de 30 poltronas da marca Giroflex-Forma, linha Polytrop. Serão 15 assentos de espaldar médio com braços reguláveis e 15 poltronas do tipo interlocutor (fixas). Os preços de cada uma variam entre R$ 1,2 mil e R$ 1,8 mil.
Outro Tribunal que adquiriu cadeiras esta semana foi o Superior Tribunal de Justiça (STJ), só que apenas as crianças do berçário da Corte deverão aproveitar os novos objetos. O Tribunal empenhou R$ 1,6 mil para a aquisição de 10 cadeiras coloridas, com bandeja e apoio para os pés e cinto de cinco pontos. O berçário do STJ existe há 15 anos e atende às servidores com filhos de seis meses de idade até um ano e meio.
Falando em alimentação… A cozinha do Senado Federal deve ganhar novos equipamentos que vão facilitar o trabalho dos cozinheiros da Casa. Foram empenhados R$ 7,9 mil para a compra de uma máquina fatiadora de frios da marca Gural (R$ 3 mil) e dois liquidificadores industriais da Waring (R$ 4,8 mil cada). O Senado deve comprar ainda duas batedeiras domésticas da marca Kitchen. Os eletrodomésticos sairão por R$ 3,9 mil.
Confira aqui as notas de empenho
*Vale ressaltar que, a princípio, não existe nenhuma ilegalidade nem irregularidade neste tipo de gasto feito pela União e que o eventual cancelamento de tais empenhos certamente não ajudaria, por exemplo, na manutenção do superávit do governo ou em uma redução significativa de despesas. A intenção de publicar essas aquisições é popularizar a discussão em torno dos gastos públicos junto ao cidadão comum, no intuito de aumentar a transparência e o controle social, além de mostrar que a Administração Pública também possui, além de contas complexas, despesas curiosas.