O primeiro dia de paralisação foi marcado por um ato em frente a Secretaria de Estado da Educação – SEED. Os professores buscaram uma resposta do secretário, Belivaldo Chagas, sobre a negociação do reajuste do piso, pois em entrevistas o governador Marcelo Déda referendou o secretário de Educação como negociador junto aos professores.
Utilizando-se mais uma vez da cultura e do lúdico, pois a ludicidade faz com que o trabalhador possa fazer a contestação de forma irreverente, o SINTESE trouxe para o ato em frente a SEED a repórter Fafá Despisada. Ela entrevistou vários professores que falaram da situação física das escolas, da falta de material didático, da falta de política do governo, da segurança e outros assuntos. Também se aproveitando da proximidade dos festejos juninos, um trio cantou vários sucessos do forró pé-de-serra.
“Há meses aguardamos uma proposta do governo para o reajuste do piso de 2013 e o passivo trabalhista de 2012. O silêncio do Estado está esgotando a paciência dos professores. A situação é desastrosa, as escolas não oferecem segurança, falta material didático e a estrutura física de várias unidades escolas ainda é péssima”, afirma a presidenta Angela Maria de Melo.
Há condição para o pagamento do reajuste do piso, pois análises feitas pelo sindicato nas folhas de pagamento da Educação constataram inconsistência de dados. Além disso, há as emendas apresentadas pela deputada Ana Lúcia, e aprovadas na Assembleia Legislativa, ao orçamento de 2013 que alocou R$63 milhões para o pagamento dos salários dos professores da rede estadual com o reajuste.
O SINTESE na quinta-feira, 23, a partir das 8h professores fazem um breve ato em frente a Secretaria da Fazenda e logo depois protocolam no Ministério Público e no Tribunal de Contas as denúncias de incongruências dos dados.
Audiência
No final da tarde da quarta,22, membros da direção do SINTESE foram recebidos pelo secretário de Estado da Educação, Belivaldo Chagas. A presidenta colocou as falas do governador em entrevistas de que ele estava autorizado a negociar e Belivaldo foi enfático. “Não tenho autorização do governador do Estado e nem a equipe econômica apresentou alguma proposta sobre o reajuste do piso”, disse o secretário.
Os membros da direção do SINTESE solicitaram do secretário que buscasse uma resposta da equipe econômico-administrativa do governo. “Vamos ter uma assembleia nesta quinta-feira e os professores necessitam de uma resposta do governo”, frisou Ângela.
O governo precisa esclarecer a sociedade, pais, mães, estudantes e aos professores como fica o reajuste do piso salarial dos anos de 2012 e 2013.
Os professores terão assembleia nesta quinta-feira, 23, às 15h no Instituto Histórico e Geográfico para definir encaminhamentos de luta. “A possibilidade de greve por tempo indeterminado não está descartada, ela acontecer ou não depende exclusivamente do posicionamento do governo do Estado”, aponta Roberto Silva dos Santos, diretor do Departamento de Base Estadual.
Da Assessoria de Imprensa/SINTESE