Técnicos agropecuários sergipanos tiveram a oportunidade de conhecer o Programa ABC – Agricultura de Baixo Carbono, do Governo Federal. O encontro aconteceu no auditório do Parque de Exposições João Cleophas, em Aracaju, na última quarta-feira, dia 30 e também reuniu estudantes e representantes do setor agropecuário.
A Conferência do Clima, em Copenhague, no ano de 2009 destacou o contexto de mudanças no clima global. Lá, os cientistas indicaram que a emissão de gases de efeito estufa está provocando um maior aquecimento do planeta e com isso podemos ter resultados climáticos adversos, muitas secas ou chuvas, alagamentos, fatores que afetam a agricultura. Com as metas assumidas por vários países, inclusive o Brasil, o objetivo é baixar a emissão de carbono.
Com essa finalidade, o Governo Federal lançou o Programa ABC, que prevê o desenvolvimento de uma economia baseada na baixa emissão de gases de efeito estufa no setor agropecuário e destina o total de R$ 3,4 bilhões por meio de linhas de crédito especiais para a safra 2012/2013. Em Sergipe, já foi criado no final de 2012 o grupo gestor do programa. A partir de agora, começa todo o trabalho de capacitação de técnicos, nas tecnologias do Programa ABC.
A assessora técnica da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), Camila Sande, diz que o Plano ABC, do Governo Federal foi criado para cumprir os compromissos de redução emissões de CO2. “O programa é uma linha de crédito que ajuda os produtores rurais brasileiros a se adaptarem a essas novas tecnologias, com baixa emissão de carbono e dá mais sustentabilidade na propriedade com viabilidade econômica. A taxa de juros para quem adota as novas práticas é de 5%, enquanto o mercado opera com 7%. O agricultor ainda tem mais tempo para pagar”. O canal de informações é a Federação Agropecuária de Sergipe (Faese), a CNA ou o Ministério da Agricultura.
O público alvo são os produtores rurais brasileiros, aqueles que produzem, porém, não conhecem as tecnologias desenvolvidas pela Embrapa e Ministério da Agricultura, para que a propriedade se torne mais sustentável, emita menos CO2. Dessa forma, o Brasil preservar melhor o meio ambiente e atinge a meta assumida. O setor agropecuário é responsável por um percentual considerável de emissão de CO2, chega a 17%.
Com a habilitação realizada em Sergipe, os técnicos poderão incentivar a adoção de tecnologias voltadas à obtenção de uma agricultura sustentável no país. De acordo o presidente da Faese, a capacitação ajuda a difundir o Plano ABC. Ele explica ainda que a capacitação que o Ministério está promovendo é bem específica e aborda as tecnologias de mitigação da emissão de gases causadores de efeito estufa. “Dessa forma o agricultor tem mais conhecimento, pode aderir às tecnologias do Plano, obter equipamentos com juros menores e com isso, o Governo Federal consegue cumprir as metas assumidas na Conferência do Clima, em Copenhague, em 2009”, destacou. Em Sergipe, a capacitação aconteceu graças a parceria do Governo Federal, Faese e CNA.
Representante do Ministério da Agricultura, a fiscal federal agropecuário, Jaqueline Marques informou que o Plano ABC tem a coordenação do Ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário e da Casa Civil da Presidência. “Temos trabalhado com a disseminação do Plano em todo território nacional e com a formação dos grupos gestores de cada estado. Sergipe já tem seu grupo gestor formado e agora está em trabalho de articulação”.
O próximo passo por parte do Ministério da Agricultura é fazer uma oficina de trabalho, onde será estabelecido o Plano Gestor para o grupo de Sergipe. “É o Plano Estadual do ABC, onde serão estabelecidas as metas para o estado, dessa forma, será desenvolvida melhor a estrutura de implantação do Plano ABC”, pontuou Jaqueline.
A assessora técnica da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), Camila Sande, informou que o programa ABC é uma linha de crédito para ajudar os produtores rurais brasileiros a se adaptarem a essas novas tecnologias. “Com baixa emissão de carbono teremos mais sustentabilidade na propriedade e o melhor, com viabilidade econômica”, enalteceu.
O representante da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Deodato Lima Filho comentou que a iniciativa foi bastante oportuna, pois o evento atendeu uma necessidade dos técnicos projetistas e agricultores de conhecer melhor a Agricultura de Baixo Carbono. “Com o advento da capacitação será possibilitado aos projetistas maior conhecimento e com isso, um fluxo maior das propostas devem chegar aos agentes financeiros”.
Cândida Oliveira – Assessoria de Comunicação