O deputado estadual e líder da oposição, Venâncio Fonseca, disse que a derrota do requerimento de urgência pra aprovação de empréstimo, de autoria do líder do governo, Francisco Gualberto, mostra que não pode haver mais pressão no parlamento. “O que assistimos aqui foi a simples votação de regime de urgência. Ninguém disse que votará contra o projeto. O que ouvi aqui foi o líder do governo dizer que não temos independência e que temos que votar no que o governo quer. É preciso ter cautela”, observou.
Venâncio disse que uma coisa é governar com maioria, outra é votar com minoria. “Isso tem a ver com a eleição da Mesa Diretora. Saíram da disputa porque não tinha votos. Chamaram todos de traíra e agora querem votos dos traíras. Esse governo tem um governador em exercício que chama os outros de fuleiros. E querem vir atrás dos votos dos fuleiros? Respeitem os adversários”, afirmou o líder da oposição, que pediu cautela. “Não vão ditar normas, quem manda na Casa é a maioria. Ninguém vai se rebaixar aqui. Fizemos reunião e faremos muitas”, destacou.
Segundo o líder da oposição, a bancada do governo não tem maioria e que os deputados querem é o direito de discutir. “Queremos ouvir o secretário de Finanças explicar a quebradeira do Estado. O projeto foi deixado para discutir de última hora. Vou pro rádio e vou explicar meu voto porque defenderei aquilo que penso. Posso até perder o mandato, mas a Assembleia está de parabéns. Por que o PT que gosta tanto de reunião não quer discutir esse projeto”, questionou. Venâncio disse é preciso discutir a capacidade de endividamento do Estado, porque não pode chegar na situação de Alagoas, que está sem capacidade de investimentos por causa da dívida.
Venâncio disse Edvan Amorim está causando ciúmes, incomodado. “Não tem mandato, mas é líder nato, comprovado. Marcelo Déda foi reeleito com o apoio de Amorim, e não agradecem, são ingratos. (Edvan) É um líder de bastidores e de palavra. Mostrem trabalho. Esse equilíbrio de forças é bom pra todos. Queremos o direito de discutir o projeto. Tratam os outros de traíras e fuleiros e querem os votos agora? Não baixo meu cangote pra ninguém. Perco a eleição, mas defendo meu ponto de vista. Se vão publicar denúncias contra os Amorins, porque não fizeram antes? Os Amorins são líderes políticos, demonstraram aqui na Assembleia e na eleição de prefeituras importantes. Vencemos aqui em Aracaju com 52% dos votos”.
Dilson Ramos, da Agência Alese