A preocupação com o meio ambiente motivou as empresas do transporte de passageiros do município de Aracaju a aderirem ao projeto Despoluir. Promovido em parceria com a Confederação Nacional do Transporte – CNT – e Federação de Empresas de Transportes dos Estados da Bahia e Sergipe – Fetrase -, o trabalho visa reduzir a emissão de CO², um dos principais responsáveis pelo aquecimento global, e está atrelado à política de responsabilidade socioambiental das empresas. Através dele, os empresários do setor criam mecanismos para diminuir a emissão de poluentes, visando, assim, uma melhor qualidade do ar e o uso racional do combustível.
Desse modo, todos os veículos que integram a frota das empresas que fazem o transporte público da capital sergipana e região metropolitana são periodicamente submetidos a testes de aferição do nível de emissão de poluentes. Anteriormente, essa verificação era feita apenas pela Fetrabase, a cada três meses. Contudo, para ampliar a regularidade desta manutenção, as empresas de ônibus adquiriram seus próprios opacímetros (medidores de gás carbônico).
“Com aparelhos similares ao da Fetrabase podemos hoje realizar os testes imediatos em carros que apresentam problemas, e ainda fazer os testes preventivos com maior frequência”, disse o diretor de Manutenção da Viação Progresso, Armando Resende. Mesmo assim, as visitas dos profissionais da Fetrabase não foram descartadas. “O projeto Despoluir é uma manutenção especial que contribui com a qualidade de vida das pessoas, tendo em vista que seu foco maior é o cuidado com a quantidade de gases emitida pelos ônibus no meio ambiente”, ressaltou ele.
Outra forma de preservação ambiental adotada pelas empresas é a utilização do biodiesel – combustível derivado de fontes renováveis como o girassol, a soja e a mamona, e que emite menos poluentes que o diesel proveniente do petróleo. Os veículos de transporte coletivo que circulam em Aracaju recebem a adição de 5% de biodiesel B-500 no combustível utilizado.
Todas essas ações representam o esforço das empresas em reduzir os problemas provocados pela combustão do óleo diesel, já que, na sua forma pura, esse tipo de combustível despeja níveis consideráveis de poluentes na atmosfera, a exemplo de hidrocarbonetos (HC), monóxido de carbono (CO), e óxidos de enxofre (SOx), um dos mais perigosos à saúde humana. “O uso de misturas biodiesel/diesel tem como efeitos a redução das emissões de CO, hidrocarbonetos e particulados”, destaca Armando.
Raissa Cruz – Assessoria de Comunicação do Setransp