O vereador Joanir Subtil Viana (PMDB) reassumiu nesta quinta-feira (26) a vaga de vereador da Câmara de Ponta Porã, cidade distante 346 quilômetros de Campo Grande. O parlamentar foi preso pela primeira vez em abril de 2009 acusado de envolvimento com o tráfico de drogas, mas foi colocado em liberdade em janeiro de 2010, depois de passar quase nove meses na Penitenciária Harry Amorim Costa, em Dourados.
Viana havia sido solto por determinação do desembargador João Batista da Costa Marques, da 1º Turma Criminal do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e deveria continuar respondendo o processo em liberdade, mas acabou tendo nova prisão decretada pela 1ª Turma Criminal do TJ.
Em 2010, o parlamentar foi condenado a 14 anos e seis meses de prisão, acusado de tráfico drogas. Contudo, a pena foi diminuída para oito anos. Em 2012, Viana passou para o regime semiaberto. Como não teve o mandato de vereador cassado, o peemedebista pode voltar para a Câmara, mas terá que dormir em unidade penal.
Desconfiança
Com o retorno de Viana, o suplente de vereador Bruno Reichardt, também do PMDB, deixará a Casa de Leis. Durante a sessão ordinária desta quinta-feira (26), Reichardt apresentou requerimento que solicita abertura de processo de cassação do colega de partido. O pedido do parlamentar foi acatado e uma comissão ficará responsável pelos trabalhos.
O presidente regional do PMDB, Esacheu Nascimento, disse que vê com desconfiança a nova posse do vereador e garantiu apoio ao pedido de cassação. “O diretório municipal do PMDB de Ponta Porã tem competência para decidir o que é melhor para o partido no município. Se o diretório municipal optou pelo pedido e, se formos solicitados, o diretório regional do PMDB dará apoio”, pontuou.
O dirigente também afirmou que o PMDB passa por um processo de “varredura” e que a permanência do vereador condenado por tráfico de drogas entre os filiados poderá ser analisada. “O PMDB passa por esse processo para que tenhamos, nestas eleições, todos os pré-candidatos Ficha Limpa”, destacou.
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(Com informações do MercosulNews)