O Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) cumpriu o mandado de prisão contra um homem de 34 anos, investigado pela prática dos crimes de estelionato e comunicação falsa de crime. O suspeito chegou a comparecer à unidade policial alegando ter sido vítima de um golpe, mas as investigações revelaram que ele mesmo havia cometido a prática criminosa contra diversas vítimas em Aracaju. A prisão ocorreu em Vitória (ES) nesta quinta-feira (7), com o apoio da Divisão de Inteligência (Dipol) e da Polícia Federal.
De acordo com a delegada Suirá Paim, as investigações tiveram início em fevereiro, quando o investigado procurou o Depatri para registrar uma ocorrência de estelionato. “Ele comunicou que teria sofrido um prejuízo de aproximadamente R$ 700 mil. Na época, ele forneceu uma fotografia e os dados pessoais do suspeito”, detalhou.
No boletim de ocorrência — com informações falsas —, o investigado relatou ainda que o suposto autor do crime se passou por servidor da Prefeitura de Aracaju. “E, mediante a utilização de notas fiscais falsas, induziu as vítimas a erro, sob a promessa de pagamento de comissões pela execução de obras públicas”, acrescentou Suirá Paim.
Durante a investigação do Depatri, a equipe policial identificou que os dados apresentados pelo investigado eram uma montagem, conforme explicou Suirá Paim. “Foram utilizados os dados pessoais de um indivíduo e a imagem de outro, possivelmente coletados através das redes sociais”, completou a delegada.
Com base no que foi apurado pela unidade policial, o próprio investigado era, na verdade, o autor do golpe noticiado por ele mesmo. “O investigado arrecadou valores de várias pessoas, sob a alegação da realização de serviços terceirizados, com a falsa promessa de pagamento de comissões pela execução dos contratos junto à Prefeitura”, salientou Suirá Paim.
Na investigação, também foi constatado que ele, ao procurar o Depatri para registrar a falsa ocorrência de crime, tinha o objetivo de ludibriar as vítimas e a própria polícia, bem como dificultar sua localização. “Diante dos elementos probatórios, foi representada a prisão cautelar do suspeito, que foi deferida pelo Poder Judiciário”, ressaltou a delegada.
A Polícia Civil solicita que eventuais vítimas do golpe que ainda não tenham registrado o boletim de ocorrência procurem a unidade policial para comunicar o fato. Informações e denúncias sobre crimes e suspeitos de ações criminosas podem ser repassadas à polícia por meio do Disque-Denúncia, no telefone 181. O sigilo é garantido.
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Fonte: SSP SE