Yago de Andrade*
“Sempre plantei milho, feijão e amendoim, mas nunca tinha pensado em plantar flor”, conta Maria Soares, de 56 anos, enquanto vê os girassóis desabrocharem ao lado das hortaliças, cereais e raízes nos quintais produtivos do Acampamento Nossa Senhora D’Ajuda, no povoado Cabrita, em São Cristóvão. Ela é uma das protagonistas de uma transformação por enquanto silenciosa, mas profundamente simbólica: o cultivo de flores como instrumento de inclusão produtiva, renda e autoestima para produtores rurais da Cidade Mãe de Sergipe.
Essa é a realidade do “Flores para Todos”, uma iniciativa nacional criada em 2018 e considerada o maior projeto de extensão em relação à produção de flores no Brasil. Com raízes na outra ponta do país, mais especificamente na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, ele nasceu como ferramenta de diversificação produtiva, inclusão social e valorização da agricultura familiar. Desde seu surgimento, a iniciativa já contemplou 462 famílias rurais, em 299 municípios, alcançando de Norte a Sul do território brasileiro.
Na antiga capital sergipana, o projeto chegou em 2024 como uma semente, trazida pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), em parceria com a Prefeitura de São Cristóvão. Lá, o “Flores para Todos” ganhou chão em três comunidades lideradas por movimentos sociais: Acampamento Nossa Senhora D’Ajuda, no povoado Cabrita; Assentamento Florestan Fernandes, no povoado Rita Cacete; e Assentamento Emília Maria, no povoado Umbaubá. São nesses espaços, marcados pela resistência, que as flores passam a brotar com a esperança de novas fontes de renda e de futuro para as comunidades.

José da Silva e sua filha, Joana Angélica na plantação de girassóis da família – Foto: Yago de Andrade
“A gente tinha medo no início porque era algo que não tínhamos costume de plantar. É uma novidade. Fui criado na roça, plantando hortaliças com o meu pai e nunca tinha pensado em plantar flor. Agora que a gente viu que é algo que dá certo, quero deixar meu quintal todo florido”, projeta empolgado o agricultor José da Silva, que reside há 8 anos no Assentamento Emília Maria, junto com a esposa Maria Expedita e a filha Joana Angélica.
Produção do setor ornamental no Brasil
Se em São Cristóvão o cultivo de flores para comercialização ainda é uma novidade que aos poucos vai enchendo os olhos de agricultores familiares como Maria Soares e Seu José, no contexto nacional, o mercado do setor ornamental (flores e plantas) já é algo consolidado e que segue em pleno crescimento, principalmente nas regiões Sudeste e Sul.
Divulgados em 2024, os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), entidade que representa as empresas que atuam em toda a cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais do país, apontam que o Produto Interno Bruto (PIB) do mercado de flores no Brasil quase dobrou entre 2017 e 2023 – um salto de R$ 10 bilhões para R$ 19,9 bilhões. O destaque fica com o desempenho do Estado de São Paulo, cujo comércio representou 40% do valor total do PIB, com R$ 7,8 bilhões movimentados em 2023.
É em São Paulo também que estão concentrados a maioria dos produtores do Brasil. São 4200 dos 8300 que o país possui, grande parte deles com sede na famosa “Capital Nacional das Flores”, Holambra. Em todo território brasileiro, são aproximadamente 15.600 hectares destinados ao cultivo de flores e plantas, e cerca de 2.500 espécies produzidas.
Ainda de acordo com o levantamento do Instituto, dos quase R$ 20 bilhões de faturamento do setor, 17% do total são correspondentes à floricultura, com R$ 3,3 bilhões. Apesar do valor considerável, ela ainda segue atrás de outros produtos dentro dessa cadeia produtiva, como é o caso da decoração (30% do valor total), autosserviço/supermercado (21%) e paisagismo (20%).
O levantamento mostra ainda que o setor de produção e a comercialização de flores e plantas geraram em 2023 cerca de 272 mil empregos diretos e 800 mil indiretos, sendo o setor agropecuário que mais empregou mulheres, correspondendo a 48% da força de trabalho total.
Já no que diz respeito a área percentual por segmento de produção, o diagnóstico do Ibraflor aponta que as flores ornamentais, como os girassóis, representam 15% do total, ficando atrás das flores em vaso (58%) e das plantas ornamentais (24%).
Ciência que floresce no campo
Na perspectiva de estimular essa produção de flores ornamentais no país, o projeto “Flores para Todos” tem se tornado um grande colaborador. Liderando esse projeto inovador, as equipes PhenoGlad são as responsáveis por coordenar a parte técnica e científica em âmbito nacional. Vinculadas à UFSM, as equipes são distribuídas por instituições de ensino, extensão e pesquisa, tanto privadas quanto públicas, criando assim uma rede de colaboração nacional, permitindo a coleta de informações em diferentes regiões com variados climas e tipos de solo. Além disso, o trabalho também busca identificar as necessidades práticas atuais dos produtores de flores, que requerem pesquisas específicas.
Através dessa organização, as Equipes PhenoGlad obtêm informações diárias sobre a interação entre Genótipo (as características genéticas das plantas), Ambiente (condições climáticas e de solo), Manejo (práticas agrícolas) e Produtor. Isso contribui para aprimorar a eficiência dos sistemas de produção de flores, aumentar os lucros das famílias produtoras e orientar temas de pesquisa que podem ser imediatamente aplicados aos produtores de flores no Brasil.
Nereu Augusto Streck, é professor do Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Rurais da UFSM, coordenador nacional do projeto “Flores para Todos” e da Equipe PhenoGlad. Ele explica que, até o momento, cinco espécies de flores de corte já foram incluídas no projeto no território nacional: gladíolos, statice, dália de corte, ornithogalum e o girassol de corte. “Estas cinco espécies passaram por rigorosos testes e se adaptam ao cultivo a céu aberto de Norte a Sul do Brasil e tem ótima aceitação no mercado das flores”, detalha o professor.
No menor estado do país em área territorial, a produção de flores de corte ainda não é algo tão presente, sobretudo quando se fala em uma perspectiva coletiva. Para mudar essa lógica, o “Flores para Todos” desembarcou no ano passado em São Cristóvão de forma experimental e foi se consolidando. Buscando levar mais do que lucro para os produtores, ele traz consigo impactos positivos para autoestima, cooperação e visibilidade para territórios muitas vezes esquecidos.
Segundo o professor da UFSM, exemplos como o que vem ocorrendo em São Cristóvão já podem ser vistos no país inteiro. “Os impactos do projeto até o momento são a profissionalização de 462 famílias na produção sustentável de flores, a valorização e empoderamento da mulher na família rural, a geração de trabalho e renda para os produtores e a sucessão familiar no campo”, aponta Streck.
Na Cidade Mãe de Sergipe, o projeto trabalha inicialmente com a espécie de girassol de corte Vincent Choice, aqueles com hastes longas e resistentes, colhidos ainda jovens e perfeitos para arranjos e comercialização em buquês. Por possuírem um fácil manejo e ciclo de desenvolvimento curto (50 a 60 dias), a espécie é uma excelente alternativa para produtores rurais que desejam diversificar a sua produção e aumentar seus lucros. Além disso, é um tipo de girassol sem produção de pólen, o que resulta numa maior durabilidade no uso ornamental e pode ser plantada em qualquer época do ano.
E não foi por acaso que São Cristóvão foi o município escolhido para dar o pontapé inicial do projeto em Sergipe. As comunidades lideradas por movimentos sociais como Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (MOTU) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), são extremamente organizadas, o que facilitou todo o processo de implantação do projeto. Além disso, o apoio da Prefeitura Municipal que enxergou na iniciativa uma nova possibilidade de desenvolvimento sustentável no campo foi fundamental para que a escolha fosse feita.
Desde a implantação do projeto na cidade, as 30 famílias envolvidas nestas três comunidades sancristovenses passaram e ainda irão passar por diversas capacitações ofertadas pela UFS para que a produção das flores de fato se consolide. São oficinas que abordam sobre o manejo do solo, o cultivo, até a montagem de buquês e a precificação de cada flor que sai dos quintais. “As oficinas são realizadas em função das necessidades das comunidades. Buscamos sempre estar dialogando com os produtores para sentir qual a demanda que eles possuem”, detalha a coordenadora do projeto em Sergipe e professora do Departamento de Agronomia da UFS, Maria Aparecida Moreira.
Os resultados do último ano são animadores. Além do interesse e do engajamento dos agricultores, motivados especialmente pela proposta inovadora e pelas perspectivas reais de retorno financeiro, os girassóis cultivados no território sancristovense já demonstram o potencial desse novo produto, que vem desabrochando aos poucos. “As três comunidades selecionadas já realizaram o plantio e o cultivo, e o nosso objetivo inicial era obter flores dentro do padrão de qualidade exigido pelas floriculturas. E conseguimos”, relata a professora.

Em São Cristóvão, o projeto trabalha inicialmente com a espécie de girassol de corte Vincent Choice – Foto: Yago de Andrade
Para a professora da UFS, a floricultura possui grande possibilidade de fortalecer a produção da agricultura familiar, não só em São Cristóvão, mas em outras cidades sergipanas. No caso dos girassóis, a alta produtividade e rentabilidade por metro quadrado de área cultivada são alguns dos fatores positivos. “A floricultura tem como característica, principalmente no caso do girassol, a grande produção em um pequeno espaço de terra. Podem ser produzidas cerca de 32 hastes florais em 1m². Então é uma atividade que não atrapalha a principal produção do quintal ou do lote coletivo. Essa é uma grande vantagem, além de ser uma maneira de diversificar a produção da comunidade”, explica.
Floricultura como política pública rural
A atuação conjunta entre universidade, poder público e comunidade é um dos pilares do sucesso do projeto. Enquanto a universidade é a responsável pela oferta das capacitações, à Prefeitura coube o trabalho de mobilização e diálogo com as comunidades participantes, bem como a logística de distribuição das sementes de girassol e o apoio na organização das atividades formativas junto à UFS. Para iniciar o projeto, a Prefeitura distribuiu 2 mil sementes para cada comunidade. Além disso, também garantiu todo o suporte na preparação dos terrenos onde eles foram plantados.
Josenito Oliveira, secretário de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho de São Cristóvão, vê o “Flores para Todos” como um avanço na política pública rural do município, visto que ele integra ações de desenvolvimento econômico, inclusão produtiva e inovação no campo. Com a perspectiva de expansão do projeto para outras comunidades do território sancristovense, o secretário crê que a floricultura irá se tornar mais um eixo produtivo complementar dentro das políticas públicas de desenvolvimento econômico rural do município.
“Do ponto de vista econômico, o projeto oferece uma nova frente de geração de renda com baixo investimento inicial, o que é especialmente importante em contextos de acampamentos e assentamentos, onde há restrições de recursos financeiros e estrutura. A produção de flores, especialmente girassóis, tem amplo apelo comercial, podendo abastecer tanto o mercado local quanto feiras e eventos regionais. Além disso, a iniciativa estimula o empreendedorismo rural, a organização coletiva e a valorização do trabalho no campo, contribuindo para a redução da vulnerabilidade socioeconômica dessas comunidades”, ressalta Josenito Oliveira.
Quem tem monitorado de perto a execução do projeto em São Cristóvão, é a Diretora do Trabalho, Neusa Malheiros. Ela realiza constantemente visitas às comunidades e faz o acompanhamento pelos grupos de whatsapp, onde diariamente os produtores atualizam o andamento das suas plantações. E a cada novo broto de girassol que surge nas terras desses três territórios, Neusa celebra junto aos produtores as conquistas que a cada dia só crescem.
“São três territórios de luta pela terra, que já têm essa prática de desenvolver projetos e o município chega para fortalecer e agregar valor através da produção de flores de corte. Pensando que para Sergipe é algo bem escasso, praticamente não existem produtores de flores de corte, São Cristóvão pode despontar como grande produtor de flores de corte em nosso estado”, empolga-se.
Como facilitadores do processo, a UFS e Prefeitura buscam estreitar o caminho entre os produtores e os compradores. Segundo Neusa, uma pesquisa realizada junto às floriculturas locais mostrou que a produção de flores na Cidade Mãe tende a ser algo rentável já a curto prazo. “Das 23 floriculturas onde a pesquisa foi feita, 18 já se colocaram à disposição para adquirir as flores que são produzidas em São Cristóvão”, destaca Neusa.
E é seguindo essa soma de indícios positivos que a diretora do trabalho de São Cristóvão também vê na produção de flores outros pontos que transcendem a questão econômica, como o pensamento de coletividade e o empoderamento da mulher no campo. “A maioria das pessoas, não só em São Cristóvão, mas de modo geral, ainda pensa muito de forma individual. Para nós, levar um projeto como esse para as comunidades traz a possibilidade de incentivar um olhar mais voltado para o associativismo. Futuramente, nosso desejo é que, quem sabe, eles possam se tornar uma cooperativa de flores, nosso olhar caminha nessa direção”, ressalta a diretora.
Florescendo no coletivo
Nessas comunidades, agricultores e agricultoras mostram que o que tem brotado nas terras férteis vai além das flores. É confiança. É afeto. É pertencimento. É coletividade.
No Assentamento Florestan Fernandes, por exemplo, os girassóis ainda não geraram renda, mas já fincaram raízes profundas na comunidade. Plantadas inicialmente nos quintais individuais, as flores da última colheita foram doadas para embelezar a festa da igreja local, eventos institucionais do município, entre outros. Agora, com o uso de um espaço coletivo, a comunidade vive a expectativa de comercializá-las ainda durante os festejos juninos.

Kátia Maria Souza, agricultora e liderança do Assentamento Florestan Fernandes – Foto: Yago de Andrade
“Esse projeto para nós é algo muito importante. Ele vem para gerar renda de maneira coletiva. Em 23 anos de história, é a primeira iniciativa que chega com esse objetivo. E sendo algo simples. Algo que, em um cultivo de 50 dias, conseguimos ter lucro. E juntos conseguimos fortalecer e ampliar nossa produção”, afirma Kátia Maria Souza, agricultora e liderança do Assentamento Florestan Fernandes.
Já no Assentamento Emília Maria, os girassóis já começaram a gerar renda individualmente. As vendas ocorrem principalmente nas feiras livres, onde os produtores também comercializam alimentos orgânicos cultivados em suas terras. Apesar dos lucros terem chegado para alguns, o objetivo é que o projeto se torne sustentável e beneficie toda a comunidade.
Para isso, estão preparando um espaço coletivo, onde o plantio será feito em formato de horta comunitária. Dessa forma, todos os envolvidos poderão participar ativamente do cultivo, fortalecendo o grupo e garantindo renda para todas as famílias. Segundo Claudineide Alves, liderança local, as expectativas são as melhores possíveis.
“Nosso assentamento fica próximo à capital, e isso facilita muito a logística. Quando formos vender nossos girassóis, o transporte será mais rápido, menos desgastante e com isso, as flores chegarão com mais qualidade. Hoje, as floriculturas compram de outros estados, porque em Sergipe não há uma grande produção. Então, para nós, é uma grande oportunidade de atender essa demanda e, ao mesmo tempo, crescer como comunidade”.
Se antes Joana Angélica e seu pai, José da Silva, tinham dúvidas sobre o cultivo das flores, agora ela tem a confiança no projeto ao ver os girassóis dividindo espaço com a macaxeira no quintal da família. Feliz pelas conquistas que o projeto tem proporcionado a cada produtor, Joana destaca o simbolismo do girassol para lembrar que tudo o que têm hoje é fruto de uma luta coletiva.
“O girassol veio para somar em nosso assentamento, por tudo que ele representa. Ele gira em direção ao sol em busca de luz e, quando não há luz, se volta para o outro, buscando força e proteção. E é isso que desejamos para o nosso futuro: que a gente siga cuidando uns dos outros e se fortalecendo como sempre fizemos”.
Símbolo nas comunidades
“Além de produzir comida, agora a gente também produz flor”, afirma Jielza Correia, liderança do Acampamento Nossa Senhora D’Ajuda, enquanto caminha entre os quintais produtivos da comunidade. Lá, a força do coletivo também tem sido fundamental para o sucesso do projeto dos girassóis. “As famílias envolvidas têm o sentimento de união mais fortalecido. Todos pensam na mesma perspectiva: o benefício das flores para todos”.
Diferente das outras comunidades, onde o plantio começou nos quintais individuais, no acampamento do povoado Cabrita a experiência teve início em uma horta coletiva. Com a prática agroecológica rigorosa da comunidade, o cultivo agora é feito por escalonamento nos quintais, garantindo que todos tenham seu momento de plantar, colher e vender. Assim, a oferta de girassóis é contínua e organizada.
Segundo Jielza, a renda das primeiras plantações foi revertida para fortalecer o espaço coletivo. “Com o dinheiro arrecadado compramos sementes, adubo, pagamos transporte e outras despesas. Vendemos nas feiras itinerantes e agora estamos buscando ampliar para as floriculturas”, conta Jielza.
Ela detalha que cada haste produzida é vendida por cerca de R$10. Somente no último mês, segundo ela, um dos produtores do acampamento conseguiu lucrar R$300 em apenas um canteiro. “Comparado à produção de alimentos, o cultivo das flores é mais rápido, prático e rentável. Toda a comunidade está animada com essa perspectiva de geração de renda”.
Mas a história do acampamento não é feita só de flores. Em 2014, as 70 famílias que viviam ali foram despejadas e tiveram suas casas destruídas. Três anos depois, após a reintegração, o Ministério Público Federal ajuizou uma Ação Civil Pública em defesa dos moradores, que voltaram a reocupar a área onde permanecem hoje. Desde aquele momento, os girassóis passaram a fazer parte da história da comunidade.
“Quando recebemos autorização do juiz para voltar, uma das primeiras plantações que fiz foi de girassóis. Isso é muito simbólico para nós”, reflete Jielza. “Por isso hoje, o plantio de girassóis vai muito além do ganho econômico. Queremos mostrar à sociedade que, num lugar marcado por grave violação de direitos humanos e injustiça social, nós produzimos flores e vamos devolver flores para quem nos sentenciou”, enfatiza.
Assim, o projeto segue crescendo no campo e na vida dessas pessoas. Juntos, os agricultores e agricultoras das três comunidades fazem brotar, literalmente, territórios historicamente marcados por vulnerabilidade, mas também por luta e capacidade produtiva. Nestes locais, o girassol se tornou um verdadeiro símbolo.
“Para nós, o girassol representa a resistência. Embora frágil, ele traz beleza e luz. Somos um povo vulnerável, mas juntos seguimos resistindo e nos fortalecendo”, finaliza a agricultora enquanto observa os girassóis recém-colhidos, certa de que cada haste é símbolo de resistência e de uma nova fonte de renda para sua comunidade.
Acompanhe também o SE Notícias no Instagram, Facebook e no X
Por Yago de Andrade