O Fevereiro Roxo é uma campanha nacional de conscientização sobre 3 doenças crônicas, o Alzheimer, a Fibromialgia e o Lúpus. Os pacientes que possuem essas doenças lidam com dores frequentes que podem limitar suas ações diárias. Além dos desafios físicos que essas condições impõem, há um fator que também merece atenção, que é o impacto psicológico da dor persistente e das limitações que geram na vida dos pacientes.
A psicóloga e pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Psicologia da Saúde da Universidade Federal (GEPPS/UFS), Catiele Reis, explica que é comum que essa persistência gere uma sobrecarga mental, que pode contribuir para o surgimento de transtornos como a ansiedade e a depressão. O desenvolvimento desses quadros psicológicos pode também afetar a percepção dessas dores. “Isso é um fenômeno, inclusive, chamado catastrofização da dor, que é o aumento exponencial da sensação de dor”, detalha a especialista.
Você já está inscrito no nosso canal no YouTube? Inscreva-se em nosso canal e acompanhe todas entrevistas!
O desconforto causado por essas condições é muitas vezes chamado de “dor invisível”, por não ser facilmente percebido por quem está ao redor. Em muitos casos, as pessoas se sentem incompreendidas e acabam não expressando suas emoções com quem está próximo. “Principalmente quando a gente está falando de uma coisa tão subjetiva quanto a dor. Não se fala muito sobre isso e você acaba sendo invisibilizado”, acrescenta Reis.

Psicóloga e pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Psicologia da Saúde da Universidade Federal (GEPPS/UFS), Catiele Reis – Foto: ascom/divulgação
Para além dos tratamentos que focam no alívio da dor física, ter o apoio de pessoas próximas e acolhimento psicológico são fundamentais para a promoção da qualidade de vida. Entre as estratégias utilizadas no processo terapêutico estão a reestruturação cognitiva, que foca na modificação dos pensamentos ansiosos acerca das dores e o confronto ao isolamento, que é um comportamento comum do transtorno depressivo.
“Aprender a ouvir o seu corpo e a lidar com a sobrecarga mental ajuda muito a se proteger ao longo do tempo, por isso, é muito importante buscar um profissional da Psicologia para desenvolver estratégias de enfrentamento da dor e manter um equilíbrio emocional”, finaliza.
Acompanhe também o SE Notícias no Instagram, Facebook e no X
Da Assessoria de Comunicação / ComGEPPS