Em laudos periciais, a qualidade e robustez das informações técnicas coletadas em local de crime e processadas em exames periciais é fator determinante para a identificação e materialização da autoria de investidas criminosas como em casos de crimes sexuais, homicídios e latrocínios. É diante desse cenário que a Polícia Científica de Sergipe está recebendo o analisador genético Spectrum. O equipamento é voltado ao processamento de amostras degradadas de DNA – em que há algum comprometimento na integridade física do material biológico – coletadas em local de crime. O investimento na aquisição do analisador foi de R$ 940 mil, cujo recurso foi viabilizado em projeto feito pela Diretoria de Planejamento da SSP (Diplan), do Fundo a Fundo do Governo Federal.
Diferentemente de técnicas antigas, onde o resultado era visto em microscópio, o resultado da análise é visualizado pelo perito criminal diretamente neste analisador genético Spectrum, conforme explicou Ludmila Borges, representante da Promega, empresa responsável pelo equipamento entregue à Polícia Científica de Sergipe. “É um equipamento de nova geração que possibilita a análise de amostras degradadas e complexas em menos tempo”, contextualizou.
Com o analisador genético Spectrum, haverá um incremento na otimização de análises de amostras relativas a crimes sexuais, além de também possibilitar novas perícias relativas a crimes contra a vida. “São amostras com pouco DNA e degradadas, assim como em casos nos quais o cadáver já está em estado de putrefação ou carbonização. É um sistema mais sensível que vai mostrar melhor o DNA”, explicou Ludmila Borges.
Operacionalização
A partir do recebimento do analisador genético, os peritos criminais do Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF), instituição vinculada à Polícia Científica e que utilizará o equipamento, iniciaram o treinamento para uso da nova tecnologia, conforme explicou o diretor do IAPF, o perito criminal Kleber Willer. “Dessa maneira, faz com que os peritos deem uma resposta mais rápida à sociedade”, salientou.
Por ser uma tecnologia nova e que o alvo é a análise de amostras já degradadas, é fundamental o treinamento dos peritos criminais. “São amostras críticas, com DNA mais degradado e mais difíceis de identificar um perfil genético e, com esse novo equipamento, a tendência é que a gente consiga obter esses perfis para solucionar ainda mais casos”, complementou Kleber Willer, diretor do IAPF.
Incremento no trabalho pericial
Como o analisador genético Spectrum é mais rápido e fornece maior dinâmica ao trabalho de análise de DNA, o perito é liberado mais rapidamente para os demais exames periciais. “Otimizando a produção de laudos, você consegue um resultado mais eficiente em menos tempo, resultando em uma liberação de casos urgentes. É um benefício para a perícia e para a sociedade”, evidenciou Ludmila Borges, representante da empresa.
Pioneirismo
Inclusive Ludmila Borges, representante da empresa responsável pelo fornecimento do equipamento à Polícia Científica de Sergipe, revelou que Sergipe é o primeiro estado do Brasil a ter a tecnologia disponibilizada através do analisador genético Spectrum. “De todos os 28 laboratórios especializados em análise de DNA pericial – estados, Distrito Federal e Polícia Federal -, o estado é o primeiro a ter essa tecnologia”, ressaltou.
Com o novo analisador genético Spectrum, a Polícia Científica dá mais um passo na constante evolução da qualidade técnica de exames periciais em Sergipe. “É o primeiro estado do país a ter esse equipamento. É um trabalho em conjunto com a Diplan, da SSP, e é Sergipe dando mais um passo na segurança pública a favor da sociedade”, concluiu Kleber Willer, diretor do IAPF, enfatizando a importância do investimento em tecnologia na Polícia Científica de Sergipe.
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Fonte: SSP SE