A família de Bruna Valeanu, brasileira desaparecida desde sábado (7.out.2023) em Israel, confirmou nesta 3ª feira (10.out) a morte da jovem de 24 anos. Ela participava da rave atacada pelo grupo Hamas, que também resultou na morte do gaúcho Ranani Glazer, também de 24 anos.
A informação foi confirmada ao portal G1 pela irmã mais velha de Valeanu, Florica, que também vive em Israel. Segundo ela, o enterro está previsto para a noite desta 3ª feira (10.out).
A brasileira nasceu no Rio de Janeiro, mas morava desde 2015 na cidade de Petah Tikva, em Israel. Ela estudava comunicação na Universidade de Tel Aviv.
Um vídeo postado nas redes sociais mostra o momento em que pessoas que estavam no festival de música eletrônica fogem do ataque do Hamas pelo deserto.
O grupo extremista assumiu a autoria dos ataques no sábado. Divulgou comunicado em seu site oficial e afirmou que a ação contra Israel é uma resposta à “agressão sionista”. Também chamou a presença israelense na região de “ocupação fascista”.
Há pelo menos uma brasileira desaparecida ainda: Karla Stelzer Mendes.
ENTENDA O CONFLITO
Embora seja o maior conflito armado na região nos últimos anos, a disputa territorial entre palestinos e judeus se arrasta por décadas. Os 2 grupos reivindicam o território, que possui importantes marcos históricos e religiosos para ambas as etnias.
O Hamas (sigla árabe para “Movimento de Resistência Islâmica”) é a maior organização islâmica em atuação na Palestina, de orientação sunita. Possui um braço político e presta serviços sociais ao povo palestino, que vive majoritariamente em áreas pobres e de infraestrutura precária, mas a organização é mais conhecida pelo seu braço armado, que luta pela soberania da Faixa de Gaza.
O grupo assumiu o poder na região em 2007, depois de ganhar as eleições contra a organização política e militar Fatah, em 2006.
A região é palco para conflitos desde o século passado. Há registros de ofensivas em 2008, 2009, 2012, 2014, 2018, 2019 e 2021 entre Israel e Hamas, além da 1ª Guerra Árabe-Israelense (1948), a Crise de Suez (1956), Guerra dos 6 Dias (1967), 1ª Intifada (1987) e a 2ª Intifada (2000).
Os atritos na região começaram depois que a ONU (Organização das Nações Unidas) fez a partilha da Palestina em territórios árabes (Gaza e Cisjordânia) e judeus (Israel), na intenção de criar um Estado judeu. No entanto, árabes recusaram a divisão, alegando terem ficado com as terras com menos recursos.
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Fonte: Poder 360.com.br