A violência política contra as mulheres é um dos principais fatores apontados por estudiosos para a reduzida presença feminina política. A cada 30 dias, o MPF registra 7 casos de violência de gênero na política contra mulher, segundo dados de dezembro de 2022.
Apesar de ser tipificado como crime, pela Lei n. 14.192, a prática ainda é presente em plenários de todo Brasil, como foi o recente caso ocorrido na Câmara Municipal de Aracaju.
Na 45º sessão ordinária, do último 31 de maio, a vereadora Emília Correia sofreu um ataque machista. O Vereador Professor Bittencourt, líder do Prefeito Edvaldo Nogueira, se dirigiu a parlamentar dizendo:
“A Fernanda talvez fique preocupada. Ela gosta muito de olhar pra mim, eu sei que sou irresistível” disse o parlamentar com um sórdido riso.
A repudiante conduta, vai muito além da ofensa à honra da Vereadora Emília. É uma afronta, a legitimidade/integridade do mandato feminino. A ofensa proferida pelo vereador, que teria como bandeira a defesa pelo direitos humanos, induz que a parlamentar estaria se apropriando da condição de ser mulher para intimidar o mesmo.
Cabe salientar que, os ataques machistas atingem não somente as parlamentares, mas afetam e dilaceram a democracia como um todo, é por isso, que a violência não pode ser tolerada.
A vereadora Emília não falou: “Violência de gênero existe. Ocorreu mais uma vez nesta Casa, e não deve ser minimizada. O que foi dito, na pele de mulher, é diferente”, foi desta forma que a vereadora Emília Corrêa (Patriota) destinou sua fala no Legislativo Municipal para criticar a postura do opositor.
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Fonte: assessoria de imprensa