Por Daniel Rezende*
O deputado estadual de primeira viagem, José Luiz, o “Luizão Donatramp”, foi entrevistado pelo apresentador Luiz Carlos Focca, na Rádio Transamérica, e mostrou mais do mesmo que o revelou para a política: Falas agressivas e em alto tom, mas uma dose de apequenamento ao debater as iniciativas do Governo Fábio Mitidieri.
Dono de um apelido adquirido por fazer humor em áudios em que elogiava o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, Luizão entrou no assunto “Administração da Deso” de forma atabalhoada e só não despejou mais ignorância sobre o assunto porque recebeu respostas à altura do presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Deso (SINDISAN), Silvio Sá.
Em determinado momento da entrevista, o deputado admitiu renunciar à sua função de debatedor e legislador de temas públicos para a qual foi eleito e escancarou a sua submissão ao Poder Executivo. “Eu assino embaixo. Se precisar vender, venda, tem o meu apoio; se precisar de PPP, tem o meu apoio; se precisar pegar empréstimo, tem o meu apoio”, declarou o deputado.
Em determinado momento Donatramp diz até mesmo que incendiaria a Deso, caso fosse necessário, para aquilo que classificou como ‘a água chegar na torneira do cidadão’. “Se precisar incendiar a Deso para a água chegar na torne, eu ‘tô’ pronto para incendiar”, disse.
Ao jogar para a plateia com um tom elevado na voz, sob a sensação de grito e esperneio, o deputado não apresentou nenhuma proposta concreta de investimento e atuação da Companhia de Saneamento de Sergipe e, em determinado momento, ainda foi interpelado de maneira bisonha pelo presidente do Sindisan após proferir, de forma simplista, que quer ver o eleitorado dele “abrir a torneira e ver jorrar água”.
“E levar a conta para você pagar […] Tenho certeza que o seu eleitorado não vai querer sair de uma tarifa de 46 reais da Deso para pagar 102 reais para as empresas privadas”, rebateu Silvio Sá.
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Matéria produzida pelo jornalista Daniel Rezende