Neste Dia Mundial da Diabetes, 14 de novembro, a Secretaria de Estado da Saúde chama a atenção da sociedade sergipana para a problemática do Diabetes, doença silenciosa, crônica, que gera complicações sérias em órgãos como coração, rim e visão. Prevenir a doença e enfatizar o diagnóstico precoce são recomendações que o Estado vem trabalhando junto aos municípios, através das capacitações voltadas para os profissionais da Atenção Primária à Saúde, do agente comunitário ao médico.
“Nossa orientação aos municípios é a de realizarem regularmente buscativa dos usuários que se encaixam nos fatores de risco – idade a partir dos 45 anos, sobrepeso, obesidade, sedentarismo, parto de bebê com peso superior a quatro quilos, entre outros -, para que possamos prevenir a doença ou mesmo evitar as complicações do Diabetes”, disse a Referência Técnica em Prevenção de Diabetes e Hipertensão da Secretaria de Estado da Saúde, Eline Rocha Cavalcante.
Durante este mês de novembro, de mobilização contra o Diabetes, a Secretaria de Estado da Saúde intensificou o diálogo com os municípios, realizando webpalestra e o envio semanal de informações confiáveis e seguras sobre a doença, cuidados com o paciente, alimentação adequada e qualidade do acesso dos usuários às Unidades Básicas de Saúde.
Diabetes
O Diabetes é uma doença crônica resultante do desequilíbrio dos níveis de glicose no sangue. O diabetes mellitus acomete cerca de 7,6% da população brasileira entre 30 e 69 anos de idade. Cerca de 50% dos pacientes desconhecem o diagnóstico e 24% dos pacientes reconhecidamente portadores de diabetes mellitus não fazem qualquer tipo de tratamento. As complicações crônicas do diabetes mellitus são as principais responsáveis pela morbidade e mortalidade dos pacientes diabéticos, segundo informou o coordenador Médico do Hospital de Urgência de Sergipe, Íkaro José Cardoso Moreira.
As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte (52%) em pacientes diabéticos do tipo 2. Diversos fatores de risco, passíveis de intervenção, estão associados ao maior comprometimento cardiovascular observado nos pacientes diabéticos. Entre eles estão a presença da Nefropatia Diabética e da Hipertensão Arterial Sistêmica. A doença e, principalmente, seu mau controle, podem causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos.
Segundo ele, o diabetes é a causa mais comum da neuropatia periférica, e este tópico merece atenção também porque a neuropatia é a complicação crônica mais comum e mais incapacitante do diabetes. Ela é responsável por cerca de dois terços das amputações não-traumáticas (que não são causadas por acidentes e fatores externos).
A causa
A doença ocorre quando o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente (diabetes tipo 1) ou quando a insulina produzida pelo pâncreas não age adequadamente nas células do corpo devido a uma resistência do corpo à ação dela (diabetes tipo 2). Quando um destes problemas com a insulina ocorre, a glicose deixa de ser absorvida pelas células, o que provoca a elevação dos níveis de glicose no sangue. A glicemia alta reduz a capacidade de eliminar radicais livres e compromete o metabolismo de várias células, principalmente dos neurônios.
Os principais sinais são dor contínua e constante, sensação de queimadura e ardência, formigamento, dor espontânea que surge de repente, sem uma causa aparente, dor excessiva diante de um estímulo pequeno, por exemplo, uma picada de alfinete; e dor causada por toques que normalmente não seriam dolorosos, como encostar no braço de alguém.
Prevenção
De acordo com o coordenador Íkaro Moreira, a melhor forma de prevenir o diabetes é a incorporação de hábitos saudáveis. O incentivo para uma alimentação saudável, balanceada e a prática de atividades físicas devem ser uma prioridade. Além da redução de peso para os que estão com sobrepeso ou obesidade.
Tratamento
O tratamento envolve modificação da dieta, redução de peso, exercícios, medicamentos orais e insulina.
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Fonte: ascom/Secretaria de Estado da Saúde