Segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não melanoma), o câncer de próstata tem grandes chances de cura quando descoberto em sua fase inicial. No entanto, apesar das campanhas de conscientização, o preconceito em relação aos exames preventivos ainda é obstáculo e dificulta o diagnóstico precoce da doença. Movimento mundial em prol da saúde masculina, o Novembro Azul chama atenção para esse cenário e busca mobilizar os homens para os cuidados com a saúde física e mental.
Dauler de Souza, médico rádio-oncologista da Oncoradium – Centro Oncológico de Aracaju, revela que o preconceito faz com que os homens não falem ou busquem informações sobre o câncer de próstata. “Estima-se que um em cada quatro homens não realizem os exames preventivos por puro preconceito e muitos acreditam que a sua masculinidade será afetada pelo exame de toque retal. Entretanto, ao contrário do que imaginam, a próstata não é responsável pela ereção e orgasmo do homem. Dessa forma, combater o preconceito e realizar os exames é algo extremamente necessário”, explica o especialista.
Números assustam
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 65.840 novos casos de câncer de próstata devem ser confirmados este ano. Os números de Sergipe também são alarmantes. O Estado tem uma estimativa de 122,55 casos para cada 100 mil habitantes homens, a maior taxa do país.
Os dados alertam para a importância do diagnóstico precoce e também para a prevenção dos homens frente à esta neoplasia. “Quando o câncer de próstata é descoberto precocemente, as chances de cura podem alcançar 90%, já que se trata de um tumor de crescimento lento. Porém, quando o diagnóstico é tardio, as chances de sobrevivência são muito pequenas”, destaca o onco-radioterapeuta.
O especialista explica que os homens devem ter a chance de decidir sobre fazer ou não o rastreamento para o câncer de próstata após conversa com um médico da área. Após essa discussão, conforme o especialista, os homens que optarem pelo rastreamento devem fazer o exame do antígeno prostático específico (PSA) no sangue. O toque retal também pode ser feito como parte do rastreamento.
“A discussão sobre o rastreamento deve ocorrer aos 50 anos de idade para homens com risco médio para câncer de próstata e expectativa de vida de, pelo menos, mais 10 anos; aos 45 anos, para homens com alto risco para câncer de próstata. Isso inclui afrobrasileiros e homens com um parente de primeiro grau (pai ou irmão) diagnosticado com câncer de próstata com menos de 65 anos. E aos 40, para homens com risco ainda maior para aqueles com mais de um parente de primeiro grau que tiveram câncer de próstata em idade precoce”, detalha.
Prevenção e tratamento
Ainda não se sabe, com precisão, quais as causas do câncer de próstata, mas pesquisas sugerem que uma combinação de fatores hormonais, genéticos, alguns hábitos alimentares e condições ambientais são fatores de risco para desenvolver a doença. Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas, e quando apresenta, os mais comuns são: dificuldade de urinar, sangue na urina, diminuição do jato de urina e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.
“Se determinados sinais e sintomas ou resultados de exames de rastreamento sugerirem câncer de próstata, o médico solicitará a realização de uma biópsia da próstata para diagnóstico definitivo de câncer de próstata. A biópsia é um procedimento no qual uma amostra de tecido é removida e encaminhada para análise de um patologista. A biópsia por agulha é o principal método utilizado para diagnosticar o câncer de próstata. A biópsia é realizada por um urologista, com o auxílio de ultrassonografia transretal para localizar a próstata”, esclarece Dauler de Souza.
Nos casos em que o diagnóstico é positivo, a escolha do tratamento deve ser individual e definida em conversa entre médico e paciente. É o profissional especialista que explicará os riscos, benefícios e os melhores resultados para cada paciente. “O tratamento do câncer de próstata pode incluir desde apenas a observação, a cirurgia, chamada prostatectomia, a radioterapia, a hormonioterapia e até quimioterapia em casos mais avançados”, finaliza.
Sobre a Oncoradium
Inaugurada em setembro de 2021, a Oncoradium – Centro Oncológico de Aracaju é a 10ª unidade da Rede Onco, grupo referência no tratamento oncológico em todo o país. Focada na cura e qualidade de vida dos pacientes, a Oncoradium – Centro Oncológico de Aracaju conta com infraestrutura de atendimento completa, tecnologia de ponta, profissionais altamente capacitados e atendimento humanizado.
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Por Nara Barreto, assessoria de imprensa