Na manhã desta sexta-feira (21), a CUT-Sergipe protocolou no Ministério Público do Trabalho (MPT) várias denúncias de assédio eleitoral contra empresários do Mini Mercado Garangau, do município de Estância, gestores do Hospital Oftalmos em Aracaju, Sérgio Boca, em Tobias Barreto, e São Francisco Cítrus, em Japoatã. As denúncias serão apuradas pelo MPT e o patrão que cometeu crime de assédio eleitoral será punido.
Patrões em várias empresas e indústrias que estão tentando obrigar trabalhadores a votar no presidente Jair Bolsonaro (PL) no 2º turno das eleições estão sendo denunciados em todo o país. Se você é vítima de ameaça de demissão e está sendo obrigado ou obrigada a votar no candidato do patrão, denuncie.
Em Aracaju, a proprietária do Hospital Oftalmos foi denunciada por intimidar e ameaçar de demissão uma funcionária que votou em Lula no 1º turno das eleições. A trabalhadora que denunciou este crime também revelou que as secretárias que não votarem em Lula irão receber R$ 200 de bônus da empresa.
Segundo a trabalhadora, a prática de assédio eleitoral acontece na Clínica Oftalmos desde o primeiro turno das eleições, quando a patroa distribuiu santinhos com foto e número do candidato a deputado federal Rodrigo Valadares ligado a Bolsonaro em Sergipe. De acordo com a trabalhadora, todos os dias, quando a proprietária passa na frente dos funcionários, questiona em quem o trabalhador votou no primeiro turno e incita que todos devem votar em seu candidato Jair Messias Bolsonaro, caso contrário, irá fechar a empresa e demitir todos os funcionários.
Em Japoatã, trabalhadores denunciaram o gerente da empresa São Francisco Cítrus que fez uma reunião para ameaçar os trabalhadores dizendo que no 1º turno, só 4 pessoas votaram em Bolsonaro no município de Japoatã e 218 votaram em Lula. Segundo os trabalhadores, o gerente reforçou a ameaça neste 2º turno: “o gerente disse que dessa vez não tem perdão, se o coiso perder, todos vão pra rua”.
Na cidade de Estância, o Mini mercado e distribuidora Garangau foi denunciado assim como outros empresários de Estância tanto através da denúncia formalizada como por vídeo registrando o momento do assédio eleitoral. Da mesma forma, a empresa Sérgio Boca de Tobias Barreto foi denunciada e viralizou nas redes sociais o vídeo com os patrões bolsonaristas acertando como farão para obrigar os seus funcionários a votarem em Bolsonaro.
O presidente CUT/SE, Roberto Silva, defende que o crime eleitoral não pode definir o resultado do 2º turno das eleições nem em Sergipe e nem no Brasil. “A CUT faz um apelo às autoridades competentes para que possam proteger os trabalhadores deste tipo de violência que destrói aqui e ali a democracia brasileira”, afirmou Roberto Silva, presidente da CUT Sergipe.
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Matéria extraída do site da CUT/SE