Como resultado da primeira fase da Operação Chapelier, a Polícia Civil de São Paulo já havia apreendido, em Sergipe, 41 cavalos de alto valor pertencentes ao ex-deputado federal e ex-presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas), Valdevan Noventa. Na segunda fase, que ocorreu nessa quinta-feira (20), mais dois cavalos de raça foram apreendidos em Sorocaba (SP).
O delegado Roberto Monteiro, da Polícia Civil de SP, ressaltou o alto valor dos cavalos apreendidos na Operação Chapelier. Dos cavalos apreendidos, há animais que chegam a valer R$ 1 milhão, conforme a apuração da Polícia Civil paulista. Os animais apreendidos em Sergipe estão sob a custódia da Cavalaria da Polícia Militar sergipana.
“Na fase um da operação, apreendemos cavalos e fizemos buscas e apreensões. Esses cavalos valiosos estão depositados na Cavalaria da Polícia Militar de Sergipe. Estamos pedindo à Justiça de SP que dê o perdimento definitivo desses animais para que possam incorporar o patrimônio da Polícia Militar de Sergipe. Na segunda fase, dois cavalos de raça de altíssimo custo foram apreendidos em Sorocaba (SP)”, destacou.
Investigação
A Operação Chapelier apura um esquema criminoso envolvendo o SindMotoristas, em SP. “O grupo criminoso indicava fornecedores para as empresas de ônibus, como fornecedores de planos de saúde, odontológicos, cestas básicas. Essas empresas indicadas passavam propinas para a diretoria do sindicato, para a organização criminosa. E as empresas de ônibus eram obrigadas a atender o grupo, sob pena de terem as garagens paralisadas por piquetes e greves”, explicou o delegado Roberto Monteiro.
Conforme o delegado da Polícia Civil de SP, como a Prefeitura da capital paulista fornece subsídio ao transporte coletivo feito pelos ônibus, o esquema afetava os cofres públicos e a população. “Temos um relatório da Receita Federal que tem provas fortes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens por essa organização criminosa que tomou o SindMotoristas. Os recursos ilícitos beiram a casa dos R$ 100 milhões anuais”, pontuou.
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