Jair Bolsonaro compilou todas as acusações que vem feito contra o processo eleitoral brasileiro nos últimos anos e fez uma apresentação de pouco mais de 45 minutos para embaixadores de diversos países nesta segunda-feira, 18, no Palácio do Alvorada, em Brasília.
Ele voltou a colocar em dúvida a segurança das urnas eletrônicas e disse que os votos não são passíveis de serem auditados no país. Ele voltou ainda a atacar os ministros do STF Luís Roberto Barroso, Luiz Edson Fachin e Alexandre de Moraes.
Bolsonaro baseou sua apresentação em um inquérito da PF sobre um ataque hacker ao sistema do TSE em 2018. Foi o mesmo inquérito que o presidente vazou informações em uma transmissão ao vivo no ano passado. Bolsonaro sustenta que o conteúdo da investigação não era sigiloso.
“Quando se fala em eleições, vem a nossa cabeça a palavra transparência. E o senhor Barroso e o senhor Fachin começaram a andar pelo mundo me criticando como se eu estivesse preparando um golpe por ocasião das eleições.
É exatamente o contrário o que está acontecendo. O Barroso faz uma palestra nos Estados Unidos chamada ‘como se livrar de um presidente’”, disse Bolsonaro.
O presidente criticou Barroso por dar declarações públicas sobre seu governo e disse que nunca atuou para censurar a mídia ou outros poderes da República. “Lamentável a ação do ministro Barroso pelo mundo. Isso atrapalha o Brasil. Vocês nunca ouviram uma só palavra minha de censurar a mídia, de derrubar a página de alguém que me critique, de prender deputado. Eu nunca mandei prender deputado. Quem prendeu foi outro colega deles, Alexandre de Moraes”, disse Bolsonaro referindo-se à prisão de Daniel Silveira.
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Por Lucas Vettorazzo – Veja