Continua a paralisação dos trabalhadores das empresas de transporte coletivo da Grande Aracaju, Progresso, Tropical e Paraíso, iniciada na manhã desta quinta-feira, 02.
Cerca de 42 linhas do sistema estão paradas, o que compreende um total de 125 ônibus. Os condutores e cobradores reivindicam o pagamento de salários e outros direitos trabalhistas como férias e vale-refeição.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Aracaju (Sintra), Miguel Belarmino, os rodoviários pedem o pagamento total do salário de abril, mas a empresa ofereceu o pagamento da metade nesta sexta-feira, e mais 20 % na próxima segunda, o que não foi aceito.
Ainda de acordo com Belarmino, a arrecadação da empresa não está suprindo o gasto com folha de funcionários, manutenção da frota e diesel.
A Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) já havia informado que entrou em contato com as demais empresas que fazem parte do sistema de transporte para que ônibus extras sejam colocados em operação.
Setransp
Em maio, a tarifa do transporte foi reajustada de R$ 4 para R$ 4,50. No mês anterior, vereadores da capital aprovaram projeto de lei que zera cobrança de impostos do serviço.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setransp) disse, em nota, que a direção do grupo tenta um acordo com os colaboradores.
“Funcionários questionaram atrasos nos salários, todavia o setor já vem lidando com sérios percalços para se restabelecer. Algumas medidas recém anunciadas pela Prefeitura de Aracaju estão ajudando bastante a amenizar a situação que se agravou em especial na pandemia com acúmulos de débitos com fornecedores somado aos aumentos dos custos do serviço. Porém não resolve o drástico impacto do aumento de custos e queda de receita.
A Prefeitura liberou R$ 4,8 milhões de aporte (cerca de 1/3 desse valor para cada grupo de empresas operadoras) de um montante de R$ 9 milhões, referente a antecipação de vale transporte e pagamento de parte das gratuidades, e o restante será repassado em parcelas já nos próximos meses.
Contudo, essa medida, embora seja de grande valia, não resolve em totalidade o desequilíbrio econômico vivido pelo setor. É preciso que as autoridades públicas se somem a esse serviço que é essencial à população com outras providências, como por exemplo, a redução do ICMS do diesel que representa 18% do preço do combustível. Um insumo que no ano passado chegou a subir 80% e este ano já cresceu mais de 40%.”
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Fonte: G1 e FANF1