Preocupação intensa, excessiva e persistente, bem como o medo de situações cotidianas são algumas características da ansiedade. Junto a esses sintomas, a alteração do sono pode ser um fator comum, causando irritabilidade e mudanças de humor. No dia Mundial do Sono, celebrado no sábado, 19/03, as atenções são voltadas à importância do sono na saúde e qualidade de vida.
“Como qualquer outra doença, a insônia é uma forma do corpo sinalizar algum desajuste. Ao fazermos uma leitura das doenças dentro de uma perspectiva psicológica, devemos sempre ressaltar um conceito importante: O que o sujeito vive, na realidade, sempre irá provocar uma reação emocional e uma alteração fisiológica no corpo invariavelmente”, destaca a psicóloga clínica, que atua na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), Rosa Constanza.
Um estudo recente, realizado pelo Instituto IPSOS, revela que oito em cada 10 brasileiros dormem mal. Questões como a pandemia da Covid-19 e mudanças no estilo de vida, podem ter contribuído com isso. “A falta do sono de forma frequente começa a gerar um forte stress, cuja tendência é aumentar. As ansiedades criam ações que podem, na maioria das vezes, gerar mais insônia”, disse Rosa Constanza.
A Psicóloga ainda acrescenta que a ansiedade cria ações que podem, na maioria das vezes, gerar mais insônia. Um exemplo é o uso de eletrônicos, antes de dormir, como o celular. A luz emitida pelas telas do dispositivo gera um impacto no corpo, afetando o relógio biológico e a percepção do cérebro do que é noite ou dia. Assim, reduzir o uso dos eletrônicos a noite é essencial
Oito horas são suficientes?
O Terapeuta Corporal e idealizador do programa ‘Servidor Zen’, da SES, Glaudenilson Silva, destaca que o sono é entendido cientificamente como um recurso estabilizador do humor. Mas também alerta que as pessoas precisam fazer uma autoavaliação do tempo de sono, considerando o seu contexto de vida. Vale lembrar que alguns especialistas consideram que em média é necessário dormir por pelo menos oito horas.
“É fácil perceber que quando as pessoas perdem uma hora de sono, a primeira manifestação a nível emocional é a irritabilidade.Veja que isso caracteriza uma necessidade muito grande de se fazer manutenção de um tempo de sono regular. Já foram feitas pesquisas sobre a quantidade de horas de sono, que estabelecem esses padrões. Porém, temos que olhar também para as singularidades, ou seja, para as necessidades reais de cada pessoa. Quem tem um ritmo de vida que não permite oito horas de sono, se dormir regularmente seis horas de sono, já ajuda. Independente desses índices que são apontados, as pessoas precisam olhar também para o que elas sentem a respeito da quantidade horas de sono. Com isso, quero dizer que esse padrão de horas de sono pode ser entendido como algo relativo”, contextualizou o Terapeuta Corporal.
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Fonte: ascom/Secretaria de Estado da Saúde