O Diretório Nacional do Cidadania aprovou neste sábado (19) formar federação partidária com o PSDB.
Apesar da decisão, que permite que as duas legendas funcionem como uma só, o Cidadania informou que a pré-candidatura do senador Alessandro Vieira (SE) à presidência da República está mantida. O PSDB, por outro lado, aprovou em prévias o nome do governador de São Paulo, João Doria, para a disputa do Planalto.
Em nota, o diretório nacional do Cidadania informou que, a partir de agora, irá negociar os termos da federação com o PSDB – o que inclui a definição do nome do candidato à presidência que receberá o apoio conjunto.
O comando do PSDB ainda vai decidir sobre a federação com o Cidadania.
Federação
O Cidadania fez uma votação em dois turnos para decidir sobre a união com o PSDB. Além dos tucanos, o PDT e o Podemos também negociavam com o partido.
A lei sobre as federações permite a união entre dois ou mais partidos, mas o Cidadania decidiu que ela será feita apenas com o PSDB.
Na terça-feira (15), o Cidadania já havia aprovado, por 66 votos a 44, a possibilidade de o partido compor uma federação partidária. Neste sábado foi escolhida a sigla parceira.
No 1º turno, o PSDB recebeu 54 votos; o PDT, 37; e o Podemos, 14. Foram registradas ainda 5 abstenções.
Já no 2º turno, o PSDB alcançou maioria com 56 votos. O PDT recebeu 47 votos e houve 7 abstenções.
O que se sabe e o que é incerto
Para a federação se concretizar, o PSDB precisa aprovar a aliança com o Cidadania.
Para isso, os partidos precisarão negociar os termos da união. As discussões com os tucanos ficarão sob responsabilidade da Comissão de Entendimento Político do Cidadania.
As legendas têm até o dia 31 de maio para formalizar a federação.
Se isso acontecer, Cidadania e PSDB passarão a atuar como um único partido e precisarão definir seus candidatos. Por exemplo, para a Presidência da República, apenas um nome poderá representar a federação.
O PSDB já tinha aprovado o nome do João Doria como pré-candidato do partido. O Cidadania também tem a pré-candidatura de Alessandro Vieira. Se a federação for adiante, terão que escolher apenas um nome para representá-la.
Regras
A lei que autoriza a criação de federações partidárias foi aprovada pelo Congresso, vetada pelo presidente Jair Bolsonaro, e restaurada pelos parlamentares em 2021. As federações partidárias serão aplicadas pela primeira vez nas eleições deste ano.
As federações partidárias permitem que dois ou mais partidos se unam, funcionando como se fossem uma única legenda. Diferentemente das coligações, as federações duram além da eleição.
Os partidos que foram uma federação precisam se manter unidos de forma estável durante pelo menos quatro anos do mandato legislativo e seguir as mesmas regras do funcionamento parlamentar e partidário.
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Por Luiz Barbiéri, g1 — Brasília