O senador Major Olímpio (PSL-SP) teve morte cerebral confirmada nesta quinta-feira (18) em decorrência da covid-19. Ele estava internado desde o início do mês no Hospital São Camilo em São Paulo e teve de ser intubado por dificuldade na respiração. Pelo menos quatro funcionários de seu gabinete também testaram positivo para covid-19. Um de seus assessores permanece em estado grave.
No início do mês, Major Olímpio chegou a participar de um protesto contra medidas restritivas no interior de São Paulo. A manifestação teve apoio do Sindicato do Comércio Varejista de Bauru e Região, da prefeita do município do interior paulista, Suéllen Rosim (Patriota), e do dono das lojas Havan, Luciano Hang.
O senador chegou a participar de uma sessão já no hospital. Major Olímpio era policial militar, tinha 58 anos e foi deputado estadual por São Paulo, sendo que em seu segundo mandato foi líder da bancada do PDT na Assembleia Legislativa do estado. Em 2014 elegeu-se deputado federal e em 2018 chegou ao Senado.
Em 2019 foi eleito melhor senador do ano pela votação popular no Prêmio Congresso em Foco. Também foi apontado pela internet como o parlamentar que mais se destacou na defesa do meio ambiente no Congresso. Por isso, recebeu o troféu do público na categoria especial “Clima e Sustentabilidade”.
Major Olímpio foi a favor do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Durante o governo Temer, votou contra a PEC do Teto dos Gastos Públicos. Em 2017, foi contrário à reforma trabalhista e votou a favor do processo de abertura de investigação de Michel Temer.
Defensor das pautas de segurança pública e conservadoras, o senador foi aliado de Jair Bolsonaro durante 2018, mas rompeu com o governo. Olímpio era respeitado entre os senadores, que manifestaram pesar na tarde de hoje. Em nota, a presidência do Congresso Nacional lamentou “profundamente o falecimento” do senador. “Em respeito à sua memória, o Senado Federal decreta luto oficial de 24 horas”.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu restringir, por duas semanas, a presença física dos parlamentares e funcionários no Plenário, comissões e dependências da Casa. “A Câmara funcionará com o mínimo de servidores necessário para o funcionamento virtual das sessões. A medida é necessária diante do agravamento da pandemia”, disse me nota.
O primeiro suplente de Major Olímpio é o empresário paulista Alexandre Luiz Giordano. O segundo suplente é o ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.
Major Olímpio é o terceiro senador a morrer de covid-19
A primeira morte foi a do senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ), em 21 e outubro do ano passado. O parlamentar tinha 83 anos e era natural de São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul. O político contraiu a covid-19, ficou semanas internado com sequelas respiratórias, e teve falência dos órgãos.
Meses depois, em 8 de fevereiro, o Senado perdeu mais um integrante: o senador licenciado José Maranhão (MDB-PB), aos 87 anos. Maranhão estava internado há 71 dias por conta de complicações da covid-19.
Major Olímpio e outros dois senadores, Lasier Martins (Podemos-RS) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), foram diagnosticados com o novo coronavírus na mesma semana. Desde então, as sessões do Senado voltaram a ser remotas.
Quer receber as principais notícias do SE Notícias no seu WhatsApp? Clique aqui.
Acompanhe também o SE Notícias no Twitter, Facebook e no Instagram
Fonte: Congresso Em Foco