Após uma audiência de custódia na Justiça Federal em Sergipe (JF-SE), na tarde de sexta-feira, 25, a juíza Telma Maria Santos Machado, da 1ª Vara Federal, determinou a manutenção da prisão preventiva dos policiais militares Joehn Anderson Félix de Souza e Herlisson José Mateus dos Santos, acusados de integrar uma organização criminosa que seria responsável pela manipulação ilegal para produzir e comercializar ilicitamente anabolizantes em Sergipe. A manutenção da prisão preventiva proferida pela juíza federal também se estendeu à Marinalva Félix Costa e José Pereira de Andrade, mãe e padastro, respectivamente de Joehn Anderson.
Na decisão, a juíza federal Telma Maria destacou a grande quantidade de material apreendido. “Os elementos trazidos ao meu conhecimento pela autoridade policial dão conta de que os indivíduos foram surpreendidos, mesmo com prisões preventivas decretadas, com grande quantidade material relacionado ao crime de adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e/ou de contrabando”.
O Portal Infonet entrou em contato com o advogado Paulo Machado, responsável pela defesa dos quatro suspeitos, mas ele informou que somente irá se pronunciar formalmente após o acesso total ao inquérito policial.
Operação Reação Adversa
A Polícia Federal deflagrou nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira, 25, a operação “Reação Adversa”, com o intuito de cumprir oito mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva contra um grupo que lucrou cerca de R$ 1 milhão em Sergipe, Bahia e Minas Gerais. A operação foi iniciada após a descoberta de uma quadrilha responsável pela importação, produção, distribuição e comércio de anabolizantes nos três estados.
Em Sergipe, dois policiais militares estão no rol das cinco pessoas presas acusadas de integrar uma organização criminosa que seria responsável pela manipulação ilegal para produzir e comercializar ilicitamente anabolizantes em Sergipe. Um dos policiais militares exerce atividade no Grupamento Especial Tático de Motos (Getam) e o outro lotado no 5º Batalhão da Polícia Militar de Sergipe, em Nossa Senhora do Socorro.
Os dois policiais militares foram alvo de mandados de prisão preventiva e estão custodiados na sede da Polícia Federal, em Aracaju. Familiares dos policiais e advogados interessado em fazer a defesa dos militares movimentaram a sede da PF em Aracaju, mas não quiseram ser identificados nem também prestaram esclarecimentos sobre a suposta atividade ilícita dos acusados. “Eu não sabia de nada dele”, destacou um dos tios do PM que atua no Getam.
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por João Paulo Schneider e Verlane Estácio, do portal Infonet