A Divisão de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) da Polícia Civil e equipes do Batalhão de Polícia de Radiopatrulha cumpriram um mandado de prisão preventiva na manhã desta terça-feira, 22, no município de Itaporanga D’Ajuda, em desfavor do cabo PM José Luiz de Souza, suspeito de ser o chefe de uma organização criminosa que encomendava roubos, desmanche e venda de peças de veículos.
De acordo com o delegado Kássio Viana, a prisão do policial militar é um desdobramento de uma operação que prendeu os ladrões de carro Michael Pereira da Silva Dias, conhecido por “Neguinho” e João Victor Silva Santos, “Vitinho”, no dia 2 de agosto deste ano. As investigações seguiram a fim de conhecer quem encomendava os roubos e qual era a destinação dos automóveis roubados.
“Descobrimos que quem encomendava os veículos era José Luiz de Souza. Ele também organizava a parte de desmanche e venda de peças. Fomos até um galpão que pertencia a ele no Guajará, em Socorro, e lá encontramos um veículo roubado e diversos carros desmanchados”, explicou o delegado.
Com base nisso e nas informações colhidas nos autos do inquérito, a Polícia Civil confirmou que José Luiz era o chefe da organização e que tinha um parceiro de nome Edênio Menezes dos Santos. “Edênio tem mandado de prisão em aberto, mas não foi localizado na manhã desta terça-feira e encontra-se foragido. Cabia a Edênio fazer o contato direto com os ladrões de carro e a José Luiz desmanchar os veículos e vender as peças fracionadas”, destacou o delegado.
Lisura da Polícia Militar
O delegado Kássio Viana enalteceu a instituição e disse que a Polícia Militar é séria e não compactua com desvios. “Trata-se de uma pessoa que trabalha num órgão e que acabou se desviando de sua função de policial e passou agir como criminoso. Dessa forma, ele será tratado como uma pessoa que praticou crimes e não como policial, pois o policial trabalha para proteger a população. A maioria absoluta das nossas polícias é assim. Quem se envereda para o lado do crime não pode ser considerado policial. Infelizmente, ele está na instituição, mas tenho convicção de que depois que a Polícia Militar receber a vasta documentação probatória que liga um de seus membros ao mundo do crime tomará as providências necessárias para aplicar a punição devida”.
José Luiz de Souza estava afastado da Polícia Militar por problemas de saúde e não esboçou reação ao ser preso pelos policiais civis e militares.
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Matéria extraída do site da SSP/SE