Nesta quinta-feira, 14, o Instituto de Identificação promoveu o reencontro do desaparecido Edilson José dos Santos e a família. A ocasião aconteceu no abrigo “A Casa do Mestre”, localizado no conjunto Eduardo Gomes, no Rosa Elze, em São Cristóvão, onde Edilson está residindo há mais de um ano.
Segundo o dirigente do abrigo, Tiago Goes, em meados de fevereiro, após tratar da saúde do interno, resolveu localizar a família de Edilson através do Núcleo de Atendimento Emergencial do Instituto de Identificação. “Aqui no abrigo, nós só recebemos quando o paciente é de rua ou quando o paciente é acamado, Edilson chegou na casa ainda utilizando sonda. Me vejo na obrigação não só de cuidar mas também de localizar os familiares, onde o serviço do Instituto de Identificação sempre apoia”, explicou.
Edilson foi para o abrigo no final de 2017, logo após uma internação no Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), decorrente de um atropelamento. “O encarregado do abrigo trouxe o máximo de informações pertinentes do interno, como nome completo e filiação, o que facilitou o nosso trabalho de papiloscopista, chegando a conclusão que Edilson já havia sido identificado em uma outra ocasião pelas impressões digitais enquanto estava internado no Huse em novembro de 2017”, esclareceu a papiloscopista responsável pelo Núcleo de Atendimento Emergencial, Gisely Roberta.
Mesmo com todas as informações cedidas por Tiago, o Instituto de Identificação teve dificuldade de contatar a família, pois os endereços de telefones pertencentes ao pai, mãe e irmãos de Edilson José dos Santos estavam desatualizados. Mas, ainda assim, a equipe conseguiu concluir a missão, com o objetivo incessante de localizar a família. “Por causa dos dados desatualizados foram realizadas duas viagens sem sucesso, e na terceira foi encontrada Eulina Francisca da Conceição, mãe do abrigado, logo ela manifestou a vontade de reencontrá-lo”, explicou a papiloscopista.
A mãe de Edilson se emocionou ao encontrar o filho desaparecido, pois acreditava que ele estivesse morto. Segundo as informações, Edilson era um andarilho e havia muitos anos que não mantinha contato com a família. No final do ano passado, a mãe tinha recebido a informação que o filho estaria morto. “Meu coração está alegre porque a gente tinha vontade de ver ele e agora Deus ajudou, ele tá vivo, vocês conseguiram encontrá-lo, agradeço muito ao Instituto de Identificação e ao abrigo”, contou Eulina Francisca.
A papiloscopista Gisely Roberta destacou a importância de os cidadãos manterem seu cadastro de informações no Instituto de Identificação atualizado, renovando no ato da emissão da carteira de identidade. “A carteira de identidade não tem prazo de validade, mas é recomendável que o indivíduo tire uma nova via a todo momento em que mudar seu endereço ou telefone, pois a ficha civil é o material mais importante para identificação e localização do indivíduo, facilitando o serviço do profissional papiloscopista em caso de investigação criminal, óbito ou desaparecimento”, complementou.
O que fazer para encontrar um desaparecido
O Instituto de Identificação de Sergipe dispõe de um Núcleo de Atendimento Emergencial para atender casos extremos, como de pessoas hospitalizadas, recém-nascidos, pessoas abrigadas, desabrigadas ou desaparecidas; além de pessoas com algum tipo de invalidez ou até mesmo cadáveres.
Os parentes ou ente querido de uma pessoa desaparecida podem ir primeiramente à uma delegacia mais próxima para emitir um Boletim de Ocorrência (B.O.), comunicando o desaparecimento e, em seguida, procurar o Núcleo de Atendimento Emergencial do Instituto de Identificação, munido do B.O., documentos ou máximo de informações pertencentes ao ente desaparecido.
O serviço é realizado exclusivamente por papiloscopistas, o que oferece mais segurança e garantia de execução em curto, médio ou longo prazo, a depender de cada caso.
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Informações da SSP/SE