O senador eleito por Sergipe, Alessandro Vieira, em uma informação levantada pela coluna de Guilherme Amado, no portal Época, nomeou como assessor seu suplente, Fernando Carvalho, e mais quatro derrotados nas eleições.
A nomeação do suplente, agora assessor, foi publicada no dia 04 de fevereiro de 2019, para o cargo de auxiliar parlamentar intermediário.
Nascido em Passo Fundo, interior do Rio Grande do Sul, o senador por Sergipe, Alessandro Vieira (PPS), disse no começo de dezembro do ano passado, ao jornal Folha de S. Paulo, que planejava realizar um concurso para escolher 15 colaboradores para iniciar no seu mandato.
De acordo com a matéria, o senador se organizava com outros dois eleitos do movimento de renovação política, Acredito, “com intuito de criar um gabinete coletivo com assessores trabalhando de forma compartilhada ao mesmo tempo.”
Segundo a publicação, o caso se repete com parlamentares novatos de todo país, que afirmam querer “romper com a tradição de nomear indicados por partido”.
No entanto, parece que na prática não é bem assim. Levantamento realizado pelo Portal mostra que o critério de escolha do senador tem sido o de apadrinhar políticos do PPS e da REDE, seu ex-partido, derrotados nas eleições de 2018. Isso mesmo! E onde estaria o “rompimento com a tradição de nomear indicados por partido” afirmado ao jornal Folha de S. Paulo?
Da Rede, o senador nomeou em seu gabinete para trabalhar por Sergipe, o candidato derrotado a deputado federal, Felipe Oriá (PPS), que teve 11.920 votos (salário de R$ 13.884,28). Também foram apadrinhados da REDE, a candidata a deputada federal pela Bahia, Camila Godinho (salário de R$ 11.350,08); a candidata a deputada estadual por São Paulo, Alessandra Monteiro (salário de R$ 13.884,28); e o candidato a deputado federal por Goiás, Zé Frederico, que tem o salário mais alto entre os cargos no Senado: R$ 17.319,31. Os quatro salários somados, a despesa mensal com eles chega a mais de R$ 56 mil reais.
Essa não é a 1ª vez na Casa Legislativa que um suplente gera polêmica por envolvimento com benefícios. Em 2009, o 1º suplente de José Sarney, o ex-governador do Amapá, Jorge Nova da Costa, foi nomeado como assessor técnico do Senado, gerando diversas críticas da opinião público local.
Rafael Almeida, do NE Notícias