O Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro em todo o país, é destaque da nova exposição do Corredor Cultural Irmão, lançada na manhã desta terça-feira, 14. Pinturas, xilogravuras, esculturas e fotografias referentes à cultura afro-brasileira compõem a mostra que ocupa a paredes da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e segue aberta ao público durante todo o mês.
“É com muita satisfação que nós abrimos a exposição Sergipe Negro e Plural que aborda um tema importante do nosso cotidiano. O Governo de Sergipe tem muito orgulho de desenvolver ações que ressaltem o respeito à memória de uma cultura desta magnitude”, destacou o Secretário de Estado da Cultura, João Augusto Gama.
A mostra, que conta com trabalhos de diversos segmentos de 14 artistas participam da exposição composta por pinturas em tela de Bosco Rollemberg, Caã, Cláudia Toscano, Dilson, Edioclésio, Fábio Pamplona e Suy Barros; esculturas de Gleide Selma, Ofá Modê, Marcelo Kernbeis e Zeus; xilogravuras de Jacira Mouram e Vilma Rebouças; e fotografias de Pritty Reis e Fábio Pamplona.
“Já participai de outras exposições no Corredor e acho excelente a temática proposta para esta edição. A Secult tem sempre aberto espaço para obras que envolvam o negro, mesmo quando a temática é outra. Vejo o Corredor como um espaço de prestígio, e poder falar aqui de cultura negra é muito bom”, afirmou Modê.
As menções honrosas desta edição foram dedicadas a pessoas que são referência da cultura afro em diversas áreas, como a música, a literatura, o teatro entre outras. Os homenageados desta edição são: Santo Souza (in memoriam), Clélia Ferreira Santos, Luiz Carlos Vieira Tavares Rita de Cássia Maia Santos, José Ronaldo de Menezes (Zé Rolinha), Carlos Augusto Santos, Hippolyte Brice Sogbossi, Alexandra Dumas e Fernando José Ferreira Aguiar.
“Reconhecer é uma forma de agradecer. Nós agradecemos sempre quando toda a memória é lembrada. Nesses tempos sombrios em que vivemos, onde as intolerâncias, a descriminação e o preconceito, principalmente em relação às questões de gênero, etnocidade e racialidade gritam, é muito importante a Secretaria e o Conselho trazerem esta exposição”, ressaltou Fernando Aguiar.
No lançamento da exposição, o Grupo Um Quê de Negritude formado por alunos do Colégio Estadual Atheneu apresentou uma pequena mostra do espetáculo “Omió Omiró: Águas que lavam a Vida e lavam a Alma”. “Hoje trouxemos a apresentação das águas doces e das águas salgadas fazendo referência a Oxum e Yemanjá. Todas as vezes que a Secult nos convida para alguma atividade ganhamos visibilidade de um público diferente do que o grupo está acostumado, um público que valoriza muito a cultura e que faz com que os alunos se sintam como estivessem em casa”, contou Clélia Ramos coordenadora do grupo.
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