O Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), realizou na manhã desta terça-feira, 17, no Teatro Tobias Barreto, em Aracaju, a solenidade de encerramento e entrega de premiação referente à X Olimpíada Ambiental, um projeto de cunho socioeducativo, criado em 2007, que objetiva estimular os atores envolvidos, alunos e professores das redes públicas de ensino e de escolas particulares, a refletirem de forma crítica e analítica as questões relacionadas aos problemas do meio ambiente, principalmente no que concerne à preservação da água, bem cada vez mais escasso.
Com o eixo temático: “Água Residual: O que fazer e como podemos reutilizar?”, a Olimpíada este ano teve a participação de 51 escolas da rede pública e particular de ensino, e inscrição de cerca de 1.372 alunos e de mais de 160 professores.
O vice-governador do Estado, Belivaldo Chagas, participou do evento e disse que a Olimpíada ajuda a formar cidadãos conscientes. “Um evento como esse envolve todo o meio acadêmico para que a gente dê importância a um tema tão vital, que é a água e o seu reuso. Se a gente não cuida, a gente perde, portanto, precisamos agir agora para não sofrermos amanhã. Este tipo de Olimpíada desperta na criança o conhecimento e a necessidade de se preservar. É só olharmos para o nosso Rio São Francisco, que está penando por causa do descaso dos governos que não fizeram o bastante. A questão da água residual é oportuna, porque quantas vezes a gente escova os dentes ou toma banho e deixa a água cair sem parar? Então, esses jovens vão aprender e vamos formar futuros cidadãos conscientes”.
O gestor da Semarh, Olivier Chagas, não escondeu sua satisfação em promover a Olimpíada, classificada por ele como “essencial”. “É uma alegria enorme estar aqui nesta décima edição. A importância disso é que nós estamos tratando de educação e conscientização ambiental. Trabalhar com alunos e professores é essencial, porque estamos, enquanto Governo, ajudando a difundir essas questões ambientais no seio da sociedade”, destacou.
Olivier ainda chamou a atenção do público para os cuidados com a água, elemento primordial para a existência da vida. “Neste ano, a Olimpíada discute o reuso de água, um tema bastante atual. Cuidar da água é fundamental, porque nós, percebendo que ela é finita, já que o homem, ao longo do tempo, vem explorando de forma irregular. Quando a gente coloca em questão uma temática como essa e percebe uma participação tão elevada de escolas, professores e alunos, é bastante gratificante”.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Luciano Bispo, também esteve presente ao evento. De acordo com ele, a Semarh acerta quando envolve a juventude para a discussão do reaproveitamento da água. “Quero parabenizar o secretário Olivier Chagas, que está sendo uma grande revelação enquanto secretário de Estado do Meio Ambiente. A Olimpíada nos ensina a preservar, coisa que a minha geração não fez. Ao longo do tempo, houve uma degradação do meio ambiente e ninguém fez nada. Na gestão do governador Jackson Barreto, estamos tirando ensinamentos de como preservar e hoje, quando vejo os alunos, professores aqui debatendo esse tema, me enche de alegria. A Assembleia Legislativa, inclusive, está à disposição do Governo para aprovar qualquer projeto que venha a preservar o meio ambiente”, frisou.
O médico e ex-deputado Federal, Rogério Carvalho, fez questão de participar da solenidade. Na sua ótica, debater a importância da água com os estudantes é o maior exemplo de compromisso de um Governo para com o futuro. “Na saúde pública, nós temos uma máxima que é: para criar consciência, é preciso expor as pessoas ao debate. Um evento como esse, a gente cria a oportunidade de centenas de milhares de crianças e adolescentes interagirem com o tema de uma forma mais lúdica e menos maçante. Isso fixa o aprendizado e mobiliza essa moçada. Elas refletem e aprendem a se posicionar sobre o tema e isso, no final das contas, muda o comportamento e a consciência no sentido de garantir a sustentabilidade no planeta em que vivemos”.
Entusiasta da educação ambiental, a procuradora da República, Lívia Tinôco, elogiou a iniciativa do Governo. “Esse projeto, capitaneado pela Semarh, é bastante louvável. São dez anos de Olimpíada Ambiental, evento que estimula a cultura de preservação do meio ambiente. O país ainda é tímido no sentido de estimular a cultura da preservação. Este ano, a temática trata sobre o reuso da água, porque nós já sentimos o problema da restrição hídrica. Vemos todos os dias a diminuição da vazão do Rio São Francisco. E a Olimpíada serve para conscientizar os jovens sobre esses problemas. Devemos sempre agir localmente, quando a gente controla os gastos nas torneiras de nossas casas. A cultura de conservação na natureza é recente, ainda falta muito para mudar o pensamento da nossa população. Por isso, desejo vida longa à Olimpíada”.
Para Conceição Jeane, coordenadora da Olimpíada e representante da Superintendência de Qualidade Ambiental, Desenvolvimento Sustentável e Educação Ambiental (SQS) da Semarh, a Olimpíada vem reforçar o quanto é importante levar para o público a discussão acerca da responsabilidade com o meio ambiente. “Iniciamos os trabalhos em março e a nossa proposta sempre foi instigar a comunidade acadêmica. É bom salientar que a mudança esperada pela sociedade parte da educação formal e informal”.
Aprovação
O professor de matemática José Santos, do Colégio Estadual Manuel Alcino do Nascimento, em Graccho Cardoso, aprovou a Olimpíada. Para ele, é uma oportunidade única. “O acontecimento dessa Olimpíada permite a apresentação de trabalhos maravilhosos, como nós podemos ver e, além de tudo, nos oferece a oportunidade de as escolas do interior também participarem, além de estimular os alunos a observar essa questão da água. É um projeto maravilho e espero que continue nos próximos anos”, elogiou.
Ao lado do professor José Santos estava a sua aluna, Maria Sabrina Ferreira Nunes, de 16 anos, estudante do 2º do Ensino Médio. Ela conta que participou da Olimpíada com a produção de um gibi, tratando da água residual. “Fiz uma história em quadrinho, tipo gibi tradicional, contando a história de três pessoas incríveis, entre elas, o meu orientador e professor de matemática, além de um menino e uma menina que vão juntos em busca de uma aventura, mostrando diversas formas de reutilizar a água. Decidi escrever gibi porque me proporcionou aprofundar o assunto de várias formas”.
X Olimpíada Ambiental
A X Olimpíada Ambiental foi lançada no último mês de março pelo secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos. O evento faz parte do calendário da ‘Semana da Água’, e visa estimular a reflexão sobre questões e problemas relacionados ao meio ambiente, principalmente com a preservação da água, bem cada vez mais escasso.
Modalidades
A Olimpíada se divide em três modalidades, contendo subdivisões: Arte (Pintura, Escultura, Colagem, Cartaz, Maquete e Quadrinhos); Produção de Texto (Redação, Poema, Crônica, Cartilha e Literatura de cordel); e Projetos (categoria exclusiva dos professores).
Além disso, se divide em sete categorias: I – Alunos do ensino Infantil – (Exclusivo para a modalidade Arte); II – Alunos do Ensino Fundamental Menor; III – Alunos do Ensino Fundamental Maior; IV – Alunos do Ensino Médio; V – Alunos do Curso Técnico; VI – Alunos do Ensino Superior; VII- Professores.
Premiação
Ao todo, 80 pessoas receberam premiações em cadernetas de poupança. Quem ficou em 1º lugar, recebeu R$ 1.000; em 2º lugar, R$ 600; e em 3º lugar, R$ 300. Apenas um professor foi premiado com a quantia de R$ 1.200. Os classificados entre 4º e 10º receberam entrada para o Oceanário.
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Ascom/Semarh