Na manhã desta segunda-feira, 12, a Polícia Civil, por meio do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), apresentou detalhes sobre o resultado das investigações acerca do latrocínio que vitimou o policial civil Paulo Sérgio Souza de Jesus, de 58 anos, ocorrido no último dia 4, no município de Barra dos Coqueiros.
Segundo a delegada Maira Moinhos, responsável pelas investigações, durante os procedimentos percebeu-se o crime foi planejado pelo William Santos Gomes, 18 anos, morto em confronto com os policiais na última terça-feira, 06, no município de Pedrinhas. A princípio, segundo a delegada, o William planejou, junto com os comparsas, roubar as armas de fogo do policial civil, mas ainda não se sabe o motivo pelo qual o jovem teria optado pela execução do Paulo Sérgio, morto com 26 golpes de arma branca.
De acordo com Mayra Moinho, no momento do crimes, três pessoas estavam na residência: o William, o adolescente de 17 anos (apreendido na última quarta-feira, 07, em São Cristóvão) e o Willey Davi. “O William e o adolescente estavam inicialmente na cena do crime porque eram pessoas que tinham acesso a casa da vítima. O Davizinho não era pessoa conhecida da vítima, por isso ele não pôde chegar junto com o Wiliam e o adolescente. Quando Paulo já estava rendido, Wilian manteve contato com o Davizinho e o chamou até a residência, comparecendo logo em seguida”, conta.
Durante as investigações, ficou constatado que os responsáveis pelo homicídio conheciam Paulo e tinham acesso à casa. “Logo que tivemos a notícia da morte, apuramos o ciclo de pessoas com alguma proximidade com o Paulo, então, logo chegou-se à suspeita do William Santos Gomes, conhecido como William Zika. Eles se conheciam há cerca de quatro anos e há dois mantinham um envolvimento afetivo. A vítima ajudava muito William, mas com o envolvimento do acusado em condutas criminosas a vítima chegou a se afastar e retirar benefícios, como cursos e tratamentos médicos, e ele, não satisfeito, passou a elaborar uma forma de roubar Paulo”.
A partir desse ponto das investigações, descobriu-se que a primeira intenção do grupo seria o roubo das armas sob tutela do policial. William teria ido à casa da vítima na Barra dos Coqueiros acompanhado por um adolescente. Após imobilizar o policial civil, a dupla conseguiu localizar uma pistola no interior da residência. Com a contínua recusa da vítima em dizer onde estavam as outras armas, William utilizou uma faca de cozinha para desferir 26 golpes que o levaram à morte.
De acordo com Mayra Moinhos, após a morte da vítima, os criminosos realizaram buscas por todo o imóvel e conseguiram localizar um revólver, uma escopeta e um colete da Secretaria de Segurança Pública. Além das armas, foram levados vários equipamentos eletrônicos também como produtos do crimes que foram repassados para três indivíduos: José Lucas Menezes, Matheus França dos Santos e Rafael Martins de Jesus, presos durante as investigações. “Com eles conseguimos recuperar os materiais roubados, com exceção do colete balístico e armamentos que foram vendidos. Continuaremos as investigações com o objetivo de efetuar a prisão do Daivinho, como também apurar outros envolvidos, a exemplo das pessoas que efetuaram a compra desses armamentos”, ressaltou.
Presente à coletiva, a delegada geral Katarina Feitoza destacou a atuação do policial civil Paulo Sérgio e seu compromisso na 3ª Delegacia Metropolitana, onde atuava como chefe de custódia. “Paulinho estava na Polícia Civil há 29 anos e era um profissional excelente, com um currículo impecável e que cumpria com brilhantismo suas funções”. Na oportunidade, ela destacou o trabalho em parceria de outras unidades especializadas para a elucidação do caso, a exemplo do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Departamento de Narcóticos (Denarc), Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (COPCI) e Delegacia de Roubos e Furtos (Derof): “Foi a soma de esforços de delegados e agentes de várias unidades que possibilitaram a resolução do fato e prisão dos acusados”.
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Informações da SSP/SE