Funcaju anuncia vencedores do 1º Prêmio Marcelo Déda de Roteiro Audiovisual

A noite da quarta-feira, 11, foi agitada no Centro Cultural de Aracaju. O público garantiu lugar nas poltronas da Sala de Exibição Valmir Almeida para acompanhar os resultados dos vencedores do 1º Prêmio Marcelo Déda de Roteiro Audiovisual, além dos selecionados para ocupação da sala de exibição. A plateia prestigiou ainda o ‘Papo de Cinema’, com a exibição do filme “Baile Perfumado”, que completa 21 anos.

“Fico muito feliz em ter estes eventos sendo realizados pela Funcaju. São atividades iniciadas na nossa gestão e que já começam a dar frutos. Estamos mostrando para o que viemos e isso é bom, porque estamos dando uma outra vida para o ambiente cultural da cidade, com mais eventos e mais atividades envolvendo o público, os fazedores de arte e os que gostam de arte. Esta agenda cheia significa que estamos trabalhando muito para fazer uma nova era da cultura em Aracaju’’, destacou o presidente da Funcaju, Sílvio Santos.

O presidente da Funcaju, Silvio Santos, parabenizando um dos premiados do prêmio de roteiro Marcelo Déda (Fotos: Edinah Mary)

A primeira atividade da noite foi a divulgação dos três roteiros vencedores do 1º Prêmio Marcelo Déda de Roteiro Audiovisual. A Funcaju, a Prefeitura Municipal de Aracaju e o Instituto Marcelo Déda premiaram os escolhidos com o valor de R$ 2 mil cada. Os vencedores foram os roteiros ‘Rio’ de Euler Lopes Teles, ‘Ippon’, de José Figueiredo Neto, e ‘Funk 80’s’, de Maryane Comparoni. Também foram concedidas três menções honrosas para os roteiros ‘Não Sabes’, de Ricardo Luiz Guimarães dos Santos, ‘Amparo’, de Diogo Velasco, e ‘Nubentes’, de Werden Tavares. O prêmio foi lançado em março na comemoração ao aniversário de Aracaju e do ex-governador Marcelo Déda.

“Uma homenagem que nos deixa muito feliz, tanto a família quanto o Instituto Marcelo Déda. É mais uma oportunidade do nome dele estar sendo lembrado na memória das pessoas. O trabalho da gente é este mesmo, tentar manter o nome dele vivo o tempo inteiro e ainda mais em um prêmio que tem ligação com o cinema e com o audiovisual, que era o que ele fazia na época da faculdade. Ele era cineasta, fez filmes e ganhou prêmios”, ressaltou Yasmin Déda, filha do homenageado.

O resultado dos projetos selecionados para a ocupação da Sala de Exibição Valmir Almeida também foi divulgado. Os escolhidos foram o ‘Cine Bordô: Bordando saberes, encantos e memórias’, de Renata Ouro, e ‘Renovar’ e o ‘Mostra de Cinema de Quebrada’, da Cacimba de Cinema e Vídeo. O edital Cinema Livre estimula exibições que tenham conteúdo que valorize a memória e a diversidade da cultura brasileira, contemplando temas relevantes da sociedade contemporânea e que dialoguem com aspectos culturais de Sergipe.

“Estamos muito contentes por, em pouco tempo, trazermos diversas ações, e o edital de ocupação Cinema Livre é um projeto que coloca a nossa sala de exibição como um espaço de ocupação pública, para dar acesso a quem já está na rede de exibição e possa estar ocupando um equipamento público de qualidade, em uma das maiores salas de projeção do estado”, destacou Carolina Westrup, diretora do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira.

Para finalizar a noite foi exibido o filme ‘Baile Perfumado’, uma homenagem ao documentário que completa 21 anos de lançamento e é considerado o marco da retomada do cinema pernambucano. O filme tem direção de Paulo Caldas, que compareceu e participou de um debate após a exibição. “Baile Perfumado” mostra as aventuras de Benjamin Abraão, imigrante libanês que registrou cenas inéditas de Virgulino Ferreira, o Lampião. A produção resultou em vários prêmios nacionais.

“Fizemos um clássico do cinema nordestino e brasileiro. Passados 21 anos, o filme continua muito atual e com uma linguagem contemporânea desde a maneira como ele é feito até sua história e sua música. Então é sempre bom receber estas homenagens e poder mostrar o filme para quem ainda não viu. Um filme que resgata a história baseado em fatos reais e que possuem imagens que ficarão guardadas por um bom tempo”, comemorou o diretor Paulo Caldas.