Fotomontagem Diário Sergipano
Por volta das 16h 40m desta terça feira, 03, um grave acidente vitimou 02 pessoas e deixou aproximadamente 18 pessoas feridas na divisa das cidades de Umbaúba e Indiaroba. Relatos iniciais davam conta de dezenove pessoas envolvidas no acidente, mas informações colhidas no HRAM dão conta que dez pessoas ficaram hospitalizadas na cidade de Estância, oito foram encaminhadas para o HUSE e duas faleceram no local, totalizando 20 pessoas no acidente.
Segundo informações colhidas no local, na altura do KM 16 da rodovia SE 488 na Colônia Sergipe, o caminhão que tinha sido carregado de laranja na colônia trafegava pela rodovia recém inaugurada com destino a cidade de Umbaúba quando em uma perigosa curva, o motorista do caminhão Mercedez Bens de cor vermelha e placa policial OEJ 2333 de Umbaúba acabou perdendo o controle, tombando, capotando na rodovia e caindo em uma ribanceira de aproximadamente um metro e meio, jogando longe os trabalhadores rurais que viajavam em cima da carga de laranja.
Com o impacto, um poste de energia elétrica também foi derrubado e o fornecimento de energia suspenso por mais de três horas enquanto os trabalhadores da SULGIPE faziam os reparos na rede danificada.
Conforme informações, em cima da carga de laranja viajavam dezoito pessoas e uma fazia companhia com o motorista na hora do acidente. Após o acidente, os trabalhadores rurais voaram uma distância de aproximadamente vinte metros e tiveram ferimentos leves por terem caídos por cima da laranja e na parte pertencente a plantações, fora da pista onde inicialmente o caminhão havia tombado.
A redação do diariosergipano conseguiu entrevistar no HRAM o senhor José Ademilson, 38, trabalhador rural que estava na gabine do caminhão na hora do acidente. Segundo o sobrevivente do acidente, não dá para precisar o que realmente aconteceu e ele só lembra ter visto o caminhão tombando e os seus colegas caindo da carga. Ademilson trabalha a dezessete anos nesse ramo e não tem a sua carteira de trabalho assinada e agora que está machucado clama por Deus para lhe dá forças para se recuperar logo dessa e poder retornar a trabalhar e colocar dinheiro dentro de casa. “Agora é chamar por Deus e esperar quem possa ajudar uns aos outros”, desabafou o homem após receber alta médica no hospital regional de Estância.
De acordo com informações colhidas no local, as vítimas fatais foram: Cláudio Modesto do Santos, 37, e um homem de aproximadamente 52 anos e identificado inicialmente por Zezinho.
Segundo a senhora Ana Maria, conhecida por D. Bia, irmã de Cláudio Modesto, o seu irmão era muito trabalhador e deixará a sua família desamparada. “Ele nunca deixou faltar o pão de cada dia, sempre foi trabalhador e era um bom homem, tinha responsabilidade com a família e agora deixa três filhos com a sua esposa, a Gildete”, desabafou D. Bia lamentando a difícil situação da família que tinha apenas a renda trazida pelo trabalhador rural.
Ainda segundo informações, Cláudio residia no Loteamento São José e além dos três filhos com a sua esposa deixa mais um filho que também irá chorar a sua falta.
Para socorrer as vítimas e garantir a segurança do local foram disponibilizadas aproximadamente quatro viaturas do SAMU, duas ambulâncias da prefeitura e uma viatura ABT14 do Corpo de Bombeiros da cidade de Estância. Uma viatura da CPRV de Indiaroba também se deslocou e resguardou o local do acidente até a chegada da viatura do IML.
A rodovia SE 488 foi inaugurada pelo governo do estado a menos de quinze dias e já possui em seu currículo vários acidentes fatais. Segundo informações, antes mesmo da sua inauguração vários acidentes foram registrados no local e muitas pessoas perderam as suas vidas nessa rodovia de aproximadamente 33 km de extensão e muitas curvas perigosas.
O acidente dessa terça feira é similar ao ocorrido no dia 31 de maio na cidade de Estância e serve de alerta para esse transporte perigoso de trabalhadores rurais, principalmente do segmento da citricultura que arriscam as suas vidas viajando pelas rodovias federais e estaduais em cima de enormes cargas de laranja.
Por: Pisca Júnior – Diário Sergipano
