Para garantir a segurança alimentar da população e orientar trabalhadores ambulantes e demais comerciantes de produtos alimentícios, que atuarão durante os festejos juninos, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Diretoria Estadual de Vigilância Sanitária (Divisa) realiza ações educativas e de fiscalização.
A Divisa atuará de forma direta durante o Encontro Nordestino de Cultura – Arraiá do Povo 2016, que ocorrerá entre os dias 16 e 30 de junho, na Praça de Eventos da Orla de Atalaia e no Espaço Cultural Gonzagão, no Bairro Augusto Franco. Ao longo de todo o evento, quatro agentes da Vigilância Sanitária fiscalizarão os estabelecimentos comerciais na área onde será instalado o Arraiá do Povo. A equipe será composta por dois fiscais de vigilância de alimentos e dois da área de vigilância ambiental. O acompanhamento será feito desde a montagem das barracas, recepção dos produtos e dos alimentos.
Além desses profissionais mais dois funcionários de gestão do conhecimento estarão à disposição do público em um stand que será montado no espaço dos festejos para a realização de ações educativas, além de tirar dúvidas dos próprios comerciantes, caso seja necessário.
“Com a utilização de banners e distribuição de folders, serão passadas ao público orientações não só em relação aos alimentos e cuidados durante os festejos, mas também, esclarecimentos sobre o papel da vigilância em serviços de saúde, cuidados com armazenamento e consumo de água, alimentos de modo geral, além de alertas sobre os riscos que envolvem o uso de anabolizantes”, esclarece o diretor Estadual de Vigilância Sanitária, Antônio de Pádua Pombo.
Já em relação à comercialização dos alimentos, através de acordo firmado com a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), e demais órgãos envolvidos, ficou estabelecida a obrigatoriedade para habilitação de ambulantes e comerciantes, e que eles se submetam à capacitação promovida pela Vigilância Sanitária.
“A maioria dos ambulantes já passou, em algum momento, por capacitações. Mas, mesmo já sendo habilitados, terão que participar de nova capacitação a ser realizada pela Divisa, nos dias que antecedem os festejos. Isso reforça a orientação e reduz, consideravelmente, os eventos adversos no dia da festa”, disse Pádua.
Ainda de acordo com o diretor, cerca de 50 pessoas participarão do treinamento, entre elas, manipuladores e responsáveis pelos pontos comerciais. Ele acrescenta que a medida adotada reduz, consideravelmente, as ações punitivas como apreensões ou autuações.
Exigências
Os comerciantes precisam seguir orientações relacionadas às boas práticas em serviços de alimentação relacionadas à manipulação de alimentos, transporte, armazenamento, acondicionamento, exposição e conservação.
São exigidos, também, cuidados com a higienização do ambiente, seja o espaço do ambulante com sua banca e equipamentos, ou os estabelecimentos fixos, que devem atentar para higienização de todo o espaço, especialmente da cozinha. Soma-se a isso o correto descarte de resíduos.
A utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) por parte dos manipuladores dos alimentos também é parte da orientação passada pela Vigilância Sanitária, além dos aspectos relacionados à higiene dos utensílios e do próprio manipulador.
“Essa é uma medida para proteção dos próprios manipuladores, para os alimentos e para as pessoas que farão uso desse serviço”, disse o diretor Estadual da Vigilância Sanitária.
Gelo
A procedência do gelo merece atenção especial. Esse produto deve ser adquirido por comerciantes obrigatoriamente em estabelecimentos ou fábricas de gelo que tenham licença sanitária.
Utilizado tanto para conservação de bebidas como para consumo, esse produto pode apresentar grande risco, caso não adquirido em locais licenciados.
“Por se tratar de uma composição líquida, ele tem um garante potencial de transmissão de doenças de veiculação hídrica. O gelo é considerado um produto de risco elevado se adquiridos de fabricantes não licenciados, ou se transportado ou manipulado de forma inadequada”, explica Pádua.
O diretor da Divisa alerta ainda que o gelo para consumo é considerado um alimento e por isso deve ser produzido com água potável. “O poder público fiscaliza, mas a responsabilidade pela aquisição, manipulação e manuseio é de quem está comercializando”, complementa Pádua.
Interior
A atuação da Diretoria Estadual de Vigilância Sanitária se dá junto aos municípios com suporte, capacitação, treinamento ou atuação direta com fiscalização, sempre que solicitado.
“Os municípios já estão preparados e vêm atuando na rotina de suas ações voltadas aos serviços de alimentação”, esclarece o diretor Estadual da Vigilância Sanitária.
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Da Agência Sergipe de Noticias.