Foto: T.Dantas/ Divulgação
Discutir questões relacionadas à Segurança Pública. Esse foi o objetivo da Conferência Mais Segurança, realizada na última quinta-feira (23), na Câmara Municipal de Rosário do Catete. O encontro contou com a participação da população e estabeleceu um diálogo franco entre comunidade e poder público.
A Conferência foi aberta pelo presidente da Casa, Delson Leão (PSB), que destacou o propósito do ato. “Hoje nós não temos partidos ou lados, estamos unidos com intuito de debater e buscar soluções para a segurança pública do nosso município. Pedimos a colaboração de todos e esperamos que essa reunião possa trazer resultados positivos para a cidade”.
Em seguida, a comunidade interagiu direcionando perguntas ao secretário da Ordem Pública de Rosário do Catete, Coronel Salvador Sobrinho, e ao delegado Adelmo Pelágio, responsável pela delegacia que atua nos municípios de Rosário e General Maynard.
Câmeras
O inspetor de segurança, Ronaldo Oliveira, indagou a relevância das câmeras instaladas na cidade. “Essas câmeras vão resolver a situação? Eu, particularmente, acredito que sozinhas elas não tem força. São importantes, mas é preciso a presença da polícia, nas praças e na ronda pelas ruas da cidade. Isso nos passa tranquilidade e é dessa forma que nos sentimos seguros”, ressalta.
Para o Coronel Sobrinho, o vídeo-monitoramento trará benefícios para comunidade. “Os aparelhos são úteis para inibir a ação dos marginais e ainda podem ser fazer a diferença em uma investigação. Muitos criminosos já foram presos graças às imagens de segurança, por exemplo. Além disso, o monitoramento permite que os policiais possam identificar movimentos suspeitos e encaminhar viaturas ao local, garantido uma maior eficácia”, explica.
O secretário comentou ainda a respeito da criação de Conselhos de Segurança. “Para ampliar a parceria entre comunidade e Município estamos planejando instalar conselhos de segurança nos bairros. Dessa forma, a comunidade atuaria em conjunto com as forças policiais para combater a violência no bairro e na cidade”, conta Coronel Sobrinho.
“Sei que a falta de segurança não é um problema exclusivo de Rosário, mas o quadro é grave e não podemos cruzar os braços. Por isso, gostaria de saber o que está faltando para termos uma segurança pública melhor. A delegacia possui equipamentos e corpo técnico suficientes?”, questiona o produtor rural Carlos Calazans.
Baixo efetivo
O delegado Adelmo Pelágio destaca que o baixo efetivo é a maior dificuldade enfrentada pela polícia. “Nossa fragilidade é antiga, sofremos com o pequeno número de profissionais e vivemos a espera de reforços. Ainda assim, temos nos esforçado ao máximo para realizar um bom trabalho com o pouco recurso que possuímos”, esclarece.
Questionado sobre o alto índice de tráfico no município, o delegado se mostrou otimista e afirmou que vários casos já foram resolvidos. “Temos um grande trabalho de investigação e 80% dos presos continuam no presídio. Recentemente prendemos um indivíduo com crack, maconha e dinheiro. Mas minha preocupação não é só prender e sim, procurar provas que venham garantir a condenação. Me preocupo com a coerência e consistência. Não adianta simplesmente prender, é preciso uma boa base”, disse.
Segundo Antônio Teles (PDT), vice-presidente da Câmara, o evento foi de suma importância. “Realizamos um belo encontro e todos tiveram espaço para expressar sua opinião. Só lamento que a quantidade de pessoas presentes tenha sido tão pequena, afinal estamos discutindo um assunto de interesse da população”, comenta.
O ex-prefeito de Rosário, Wagner Quintela, também compareceu a conferência. “Gostaria de parabenizar a Câmara por essa iniciativa e dizer que esse é um evento apolítico, onde todos possuem voz. Aproveito a oportunidade para sugerir aqui um aumento no efetivo da Guarda Municipal e peço que continuemos unidos na luta por uma Rosário mais segura”, disse.
Ao final da conferência, o presidente da Câmara, Delson Leão, fez questão de demonstrar seu apoio à população. “Não temos como decidir o que o Município deve fazer, já fizemos a nossa parte. Trabalhamos mais de um mês na organização desse evento e convidamos toda a população de Rosário. E é ela que conhece a realidade e sofre com a insegurança. E hoje, demos o primeiro passo rumo a uma cidade mais segura”, afirma.
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Da TDantas Comunicação
