Portal Terra
As vendas do varejo relacionadas ao próximo Dia dos Namorados devem registrar queda de 8,5% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo estimativa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Se a estimativa for confirmada, este será o pior resultado da série histórica, iniciada em 2004.
A data é uma das seis principais do calendário varejista brasileiro e deve movimentar R$ 1,8 bilhão – o equivalente a 3,5% do faturamento esperado para todo o mês de junho.
“Essa retração é resultado do aumento do desemprego, aliado à elevação do custo do crédito e à queda da confiança dos consumidores. Esses fatores têm inviabilizado qualquer recuperação das vendas nos últimos meses”, avalia o economista da CNC, Fabio Bentes.
Principal carro-chefe das vendas associadas ao Dia dos Namorados, o segmento de vestuário e acessórios deverá registrar perda real significativa de 8,7% em relação à mesma data do ano passado. A mesma tendência de queda das vendas deverá ser seguida pelo ramo de informática e comunicação (-10,5%).
Por outro lado, menos dependentes do crédito, as lojas de artigos pessoais e utilidades domésticas (-3,1%) e as farmácias e perfumarias (-0,6%) deverão registrar perdas menores.
O estudo revela ainda que, dos 25 bens e serviços mais consumidos no Dia dos Namorados, sete tiveram reajuste significativo, acima do IPCA-15 acumulado nos últimos 12 meses, de 9,6%.
Apenas os preços das hospedagens em hotéis (-2,5%) e CDs e DVDs (-2,1%) encontram-se mais baratos que há um ano. Os telefones celulares (+5,5%) e diversos itens de vestuário têm registrado variações abaixo da média da inflação.
Em contrapartida, motéis (+21,5%), máquinas fotográficas (+15,7%) e bombons e chocolates (+13,8%) apresentam reajustes significativamente acima do IPCA-15 acumulado nos últimos 12 meses.
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