O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna na tarde de hoje (30), para comentar alguns artigos jornalísticos que setores da imprensa publicaram no último final de semana. Venâncio disse que se o jornalista tem a liberdade para escrever e publicar, o político tem direito de interpretar e comentar. O parlamentar citou a plenária realizada na sexta-feira (27), na Assembleia Legislativa, que contou com a presença de 14 partidos políticos representados e que são liderados politicamente pelos irmãos Amorim.
Ao fazer seu discurso, Venâncio disse que talvez nem comentasse a plenária realizada sexta-feira, mas se viu na obrigação diante de algumas notas que foram veiculadas na imprensa. “No Jornal da Cidade, mais precisamente na coluna do meu ilustre amigo e competente Ivan Valença, tem um comentário interessante onde ele chama a plenária de comício.Coincidentemente, no mesmo jornal, na página ao lado para ser mais preciso, tem uma matéria de um evento do PT onde o ex-presidente Lula lança as candidaturas de (Alexandre) Padilha para o governo de São Paulo e Dilma Rousseff (PT) para a reeleição”.
Em seguida, em tom provocativo, Venâncio soltou essa: “acho que isso meu amigo Ivan Valença não viu! Aí não é comício? Agora o evento de Amorim é? Lula pode tudo! Lula defendeu o ponto de vista dele. Tranquilo! E nós não podemos defender o nosso? Lá não tem problema, mas aqui tem? Chamo atenção para parte da imprensa que tem se comportado dessa forma. São dois pesos e duas medidas. Quero falar dessa tendência desses artigos”.
“No Jornal do Dia, no artigo de Gilvan Manoel, fala de calendário antecipado e, mais adiante, diz que Amorim faz campanha 24 horas por dia, sem preocupação com a legislação eleitoral. Isso ele está falando da Rede Ilha, que de propriedade dos irmãos Amorim.Aí tem que ficar calado! Agora a Megga FM pode tudo? A “rede” que pega até rádio de Alagoas?”, questionou.
Por fim, Venâncio disse que respeita a imprensa e, inclusive, destacou dois jornalistas. “Eu respeito a imprensa, e não é toda ela que se comporta assim. Agora tem uma parcela que pensa e escreve aquilo que defende, e eu respeito. Agora vamos dar dois pesos e duas medidas. Se não dar o direito aos outros é ditadura! Puxam para um lado e esquecem do outro. Isso não é justo! Não contesto o trabalho de ninguém, agora da mesma forma que o jornalista é livre para escrever, eu sou livre para interpretar e comentar.
Venâncio acrescentou que “cito o jornalista Cláudio Nunes, por exemplo. Que não se comportou dessa forma. O jornalista Adiberto Souza, por exemplo, cobra com freqüência o reajuste dos servidores públicos. Tenho que fazer justiça! Agora uma outra parte da imprensa nem toca no assunto!”.
Habacuque Villacorte, da Agência Alese