Durante entrevista ao Podcast do Portal SE Notícias, o delegado André David, atual secretário de Defesa Social da Prefeitura de Aracaju, lamentou que dois veículos que poderiam estar servindo à população sergipana estão abandonados e sem nenhuma utilidade.
Os veículos em questão são um Audi A3, apreendido em junho de 2021 durante uma operação da Polícia Civil de Sergipe na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, e um BMW XR5, confiscado na operação Anúbis, realizada no início de 2020 para desarticular um grupo criminoso atuante nos estados de São Paulo, Pernambuco e Goiás. À época das apreensões, André David era diretor do Departamento de Narcóticos (Denarc), órgão que passou a utilizar os automóveis em suas operações.

Dois veículos, um Audi A3 e BMW XR5 que poderiam estar servindo à população sergipana estão abandonados e sem nenhuma utilidade, afirma André David – Foto: SE Notícias
Segundo o delegado, os veículos agora estão parados sem qualquer função. “Eu até sugeri que esses carros fossem redirecionados para a Segunda Delegacia de Polícia, me propus a custear a manutenção, mas o pedido foi negado”, afirmou André David.
Perguntado se a falta de utilização dos veículos era resultado de uma decisão judicial ou jurídica, ele foi direto ao responder que a decisão era administrativa, embora tenha evitado citar os nomes dos responsáveis por retirá-los de circulação.
O que diz a Polícia Civil
Através de nota enviada ao portal SE Notícias, a Polícia Civil de Sergipe esclarece que os veículos mencionados foram apreendidos em operações de combate ao crime organizado. No entanto, é importante destacar que esses automóveis não são apropriados para utilização em todas as situações operacionais. A definição sobre seu uso cabe exclusivamente à direção do Departamento de Narcóticos (Denarc), de acordo com critérios técnicos e estratégicos.
Além disso, os veículos são caracterizados, o que os torna inadequados para trabalhos de investigação e levantamento de informações, atividades essenciais desempenhadas pelo Denarc.
Também é preciso ressaltar que a frota da Polícia Civil é majoritariamente composta por veículos locados, garantindo maior longevidade, manutenção regular e aproveitamento efetivo para o serviço fim da segurança pública. A manutenção de veículos de alto custo, como os mencionados, não se mostra viável para a rotina operacional da instituição.
Ademais, vale frisar que os veículos citados possuem tempo significativo de uso, com o Audi tendo mais de 15 anos e a BMW com quase 10 anos de fabricação. Por outro lado, a Polícia Civil conta atualmente com diversos veículos de alto padrão em sua frota, a maioria com apenas um ano de uso, sendo empregados ativamente em investigações.
Dessa forma, não procede a informação de que os referidos veículos foram abandonados, uma vez que sua destinação segue os trâmites legais e administrativos adequados.
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Redação SE Notícias