por GLOBOESPORTE.COM
No sobe e desce do Campeonato Brasileiro, o Vasco ignorou o que tabela sugeria e superou o Coritiba por 1 a 0, neste domingo, no Couto Pereira. Com um gol de Pedro Ken, nascido na capital paranaense, aos quatro minutos de jogo, a equipe carioca conteve o mandante no restante da partida com um desempenho seguro, lhe impôs a primeira derrota em seus domínios na competição e, de quebra, voltou a sorrir após três rodadas sem avançar.
E teve mais: o Alviverde poderia ter deixado o fim de semana na liderança, caso fizesse o dever de casa, já que foi ajudado pelos resultados dos concorrentes, mas mostrou um futebol aquém de sua média recente, surpreendido pela postura do então 11º colocado, que salta para nono, com 18 pontos conquistados. O Coxa permanece em terceiro, com 23.
Os veteranos Alex e Juninho, astros da partida, tiveram participações opostos. Enquanto o vice-artilheiro do Brasileirão esteve apagado e foi substituído no intervalo por lesão, o vascaíno, que era dúvida, distribuiu bons passes e ajudou na marcação até onde deu – saiu faltando 20.
Agora, o time de Marquinhos Santos busca a recuperação na quarta-feira, às 21h, contra a Portuguesa, também em seu estádio. Já o Gigante da Colina visita o Santos, no mesmo dia, às 19h30m, na Vila Belmiro.
Gol no início e baile vascaíno
Logo que a bola rolou no gramado irregular do Couto Pereira quem deu as cartas foi o Vasco. Com espaço, o time carioca avançou a marcação e avisou que não se encolheria. Aos quatro minutos, saiu na frente com Pedro Ken, que aproveitou rebote após duas cabeçadas e uma bela defesa do goleiro Vanderlei. A vantagem deu ainda mais confiança ao Cruz-Maltino, que parecia um dos líderes da competição enfrentando um rival em má fase. Papéis invertidos.
Os erros de passe se multiplicavam, e o Coxa sofria para se aproximar da área vascaína, bem vigiada pela compactação entre defesa e meio de campo. Apenas aos 26 surgiu a primeira chance, com Geraldo cabeceando para fora. O panorama surpreendentemente se manteve até o fim da etapa. Alex tinha dificuldades para armar a equipe e, com dores, saiu no intervalo. Antes, parou no goleiro Diogo Silva, que, à queima-roupa, fez milagre, com arrojo e sorte.
Pressão coxa-branca sem efeito
O técnico Marquinhos Santos também mexeu na formação tática, abolindo os três zagueiros com a saída de Chico para a entrada de Sérgio Manoel, além da necessidade de trocar seu camisa 10 por Bottinelli. O efeito foi relativo. Apesar de ter controlado mais posse de bola, tirando o Vasco de seu campo, a efetividade continuou em falta. O Coritiba se limitava a rondar e arriscava pouco a gol, deixando o torcedor impaciente. Quando o fazia, errava a mira.
Já as únicas vezes em que a equipe de Dorival Júnior se assanhou foi com Fagner, que bateu na trave, aos 22, e Edmilson e Pedro Ken, em contragolpe rápido, aos 34. No restante do tempo, pressão dramática, porém desordenada do mandante. Tanto que seu número de finalizações não passou de 11 ao longo dos 90 minutos – contra nove do rival. Firme, o Cruz-Maltino se segurou com bolas afastadas e substituições para ganhar tempo.