Governador Marcelo Déda conclama seus auxiliares a defender o empréstimo mantendo alto nível do debate
O governador Marcelo Déda, mesmo no leito do hospital onde faz tratamento de saúde, afirmou nesta quarta-feira, 12, através de sua página no twitter, que reenviará os projetos do Proinveste para a Assembleia Legislativa (AL) atendendo ao pedido da presidenta Dilma Rousseff.
“Não deixarei esse debate morrer. Vou reabri-lo, convidar a oposição a apresentar suas sugestões, mobilizar a sociedade e reapresentar o projeto. Atenderei, assim, a solicitação da presidenta Dilma que me pediu para não desistir do Proinveste”, escreveu Déda.
Conforme o governador, enquanto os empréstimos do Proinveste somam R$ 700 milhões, a folha de 2012 vai totalizar R$ 4 bilhões. “A folha é quase quatro vezes maior”, argumentou Déda, ao lembrar que este ano “pagaremos de dívida R$ 300 milhões, toda ela garantida pelo FPE, e a folha custará R$ 4 bilhões. Nunca houve risco para a folha”.
Déda reforçou que a parcela mensal dos empréstimos seria de R$ 25 milhões. “A folha mensal é de R$ 300 milhões e a receita própria (FPE+ICMS) é de 400 milhões/mês. A folha não é garantia do empréstimo. Isto é balela. O Ministério da Fazenda já atestou a capacidade de pagamento do Estado de Sergipe. Estou disposto a demonstrar o que escrevi aqui, deitado no leito do Hospital, em qualquer debate, respeitoso e cordial com a oposição”, propôs o chefe do Executivo estadual.
“O que põe em risco a folha e o custeio é a rejeição dos R$ 130 milhões que eu usaria para pagar a dívida antiga, liberando recursos do tesouro”, afirmou o governador, que também fez questão de mobilizar o Governo em torno do Proinveste. “Vamos combater o bom combate em defesa de Sergipe. Quero todo o Governo mobilizado, com coragem e determinação, sem perder a ternura jamais. Sempre debatendo em alto nível, é dever de todos os membros do Governo contribuir como esclarecimento do Proinveste. A verdade liberta”, disse.
João Andrade
Também em sua página no twitter, o secretário João Andrade, da Fazenda, explicou que a parcela mensal do Proinveste será de R$ 3,5 milhões. “A Receita Corrente Líquida (RCL) mensal é de R$ 430 milhões. Vamos quitar um empréstimo com taxa de 3% e prazo de seis anos, reduzindo a taxa para 1,1% e prazo de 20 anos. Isto é ruim? Para quem?”, questionou o secretário.
João Andrade afirma também que não há risco para o Proinveste. “Temos endividamento de 47% da Receita Corrente Líquida, quando poderíamos ir a 100%. Em 2006 era 57%. Baixamos o endividamento. Os juros e amortização do Proinveste irão comprometer apenas 0,6% da Receita Corrente Líquida. Não há risco algum”, contextualizou o secretário.
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