Foi a júri popular nesta quinta-feira (18) o pecuarista Jobson Tavares da Silva, 27 anos, acusado de matar Daiane Conceição dos Santos, grávida de três meses, em outubro do ano passado no município de Carira (SE). A jovem de 21 anos passou mal após comer bombons supostamente envenenados, eles seriam presentes do suspeito.
De acordo com o Ministério Público, vítima e acusado já se conheciam há bastante tempo, eles chegaram a ter um relacionamento amoroso e ela engravidou. O réu teria sugerido que ela fizesse um aborto, mas ela se negou. Ainda segundo o MP, após isso ele a presenteou com os bombons, a jovem passou mal e foi levada para o hospital de Carira e transferida para o de Itabaiana, onde faleceu.
“Na hora da morte ela declarou que foi realmente ele que deu os bombons. Ela chegou a tempo na casa da mãe e contou o que tinha acontecido”, afirma Clécia Souza, prima da vítima.
A mãe da vítima foi uma das primeiras testemunhas a serem ouvidas. O réu é acusado de homicídio triplamente qualificado, mas segundo a defesa do acusado, não existem provas periciais sobre o envenenamento.
“Não se presume envenenamento, demonstra-se. Não há um laudo que constate que houve envenenamento, o único laudo que há diz que houve um edema pulmonar agudo”, argumenta a defesa do réu, o advogado Evaldo Campos.
“O nosso estado não tem peritos e aparelhos suficientes para atestar envenenamento, mas outros elementos constantes nos autos como relatórios médicos e fichas de atendimento da própria vítima deixa claro que realmente foi caso de envenenamento”, afirma o promotor Adson Alberto Cardoso de Carvalho. Se condenado, o acusado pode receber pena de 13 a 30 anos. O julgamento deve se estender até a madrugada de sexta-feira (19).
Com informações do G1SE