Para evitar os mesmos problemas ocorridos com a identificação biométrica de eleitores durante o primeiro turno das eleições, a Justiça Eleitoral adotará algumas medidas para o próximo domingo (26). Uma delas é o reparo de cerca de mil leitores biométricos em urnas utilizadas no Distrito Federal, Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Paraná.
“Em torno de 7% do modelo 2013 de urnas apresentaram uma não conformidade com o leitor que faz a análise da digital. Essas urnas já foram identificadas e nós já estamos trabalhando na sua reparação. Elas [as urnas] têm que ficar prontas até, no máximo, nesta semana”, afirmou o secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral, Giuseppe Janino.
Ele ressaltou que no primeiro turno, o sistema biométrico apresentou percentual de 91,5% de reconhecimento dos eleitores por meio das digitais. Para o segundo turno a expectativa é aumentar ainda mais a eficiência do sistema. “As falhas são normais, mas nós pretendemos baixar esse índice de não reconhecimento, que hoje gira em torno de 8,5% para, pelo menos, uma margem de 5% que seria bastante positiva. Um nível de identificação de 95%”, disse.
Mas não foram só problemas em leitores que provocaram filas em muitas seções de votação pelo país. Também foram detectadas falhas de procedimento por parte de mesários. Foi o caso de cidades do Rio de Janeiro, segundo o TSE. Por isso, o presidente da Corte , Dias Toffoli, mandou para Niterói dez técnicos para orientar os mesários. A Justiça Eleitoral também distribuiu panfletos aos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE’s) com informações essenciais aos mesários para reforçar os procedimentos que devem ser adotados no próximo domingo.
Uma das orientações alerta sobre a forma correta que o eleitor deve posicionar o dedo, para evitar o não reconhecimento na primeira tentativa. O eleitor deve posicionar o dedo sobre o sensor e colocá-lo por completo, no centro, com a ponta tocando a moldura de plástico. O dedo deve ser mantido sobre o sensor até que apareça no terminal do mesário a mensagem confirmando o reconhecimento da digital.
Giuseppe Janino lembra que o eleitor também deve observar, por exemplo, se o dedo está hidratado, “o dedo ressecado fica mais difícil fazer as minúcias”. Para o secretário, a falha do procedimento é normal, principalmente, nos municípios onde houve a primeira experiência com identificação biométrica.
Por causa dos problemas no Rio de Janeiro, onde eleitores chegaram a esperar mais de duas horas para votar em alguns locais, o Tribunal Regional Eleitoral do estado chegou a publicar uma Resolução (n° 904/2014) determinando o uso de urnas eletrônicas convencionais em Niterói, em substituição às 1.312 urnas com leitor de identificação biométrica no município. A decisão, no entanto foi anulada por unanimidade pelo TSE na semana passada.
Fonte: Agência Brasil