Nos dez municípios sergipanos com maior número de eleitores, três candidatos declararam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que possuem um patrimônio maior do que R$ 1 milhão. Já entre os quatro candidatos mais “pobres”, três declararam não possuir bem algum, enquanto um afirmou possuir R$ 5,5 mil. Nos dez municípios avaliados, Almeida Lima (PPS), que disputa a prefeitura da capital, continua sendo o mais “rico”, declarando bens no valor de quase R$ 2 milhões – conforme o JORNAL DA CIDADE já mostrou. Veja os demais.
Em segundo lugar vem o ex-pastor e deputado federal Heleno Silva (PRB), com cerca de R$ 1,2 milhão. Seus principais bens são dois apartamentos amplos e muito bem localizados, além de uma casa em construção. Heleno é o candidato da oposição e entra na disputa para administrar o município de Canindé do São Francisco (35.896 eleitores) ao lado da ex-prefeita Rosa Galindo (PSB). Ele avalia que para isso gastará no máximo R$ 800 mil na campanha eleitoral – informação prestada ao TSE, oficialmente.
Dois candidatos aos cargos majoritários possuem patrimônio bem próximo a R$ 1 milhão: Lila Fraga (PSDB), que disputa a Prefeitura de Lagarto (63.161 eleitores), e Fábio Henrique (PDR), que tenta a reeleição em Nossa Senhora do Socorro (o segundo maior colégio eleitoral, com 89.979 votantes). Lila declarou bens no valor de R$ 915 mil e pretende gastar mais do que o dobro na campanha eleitoral: R$ 2 milhões. Já Fábio tem um patrimônio de R$ 903 mil e vai gastar até R$ 2,5 milhões para tentar convencer os eleitores. Entre os bens de Fábio Henrique, destaque para dois imóveis e uma gorda poupança. Já Lila além de um sítio e um apartamento, possui imóveis, carros, trator e uma boa quantia em espécie.
Dando continuidade à lista, dois nomes possuem bens avaliados na casa dos R$ 800 mil: César Mandarino (PSC), de Itaporanga (34.938 eleitores), e Dilson de Agripino (PT), Tobias Barreto (32.563). César pretende gastar “apenas” R$ 200 mil, numa campanha quase franciscana, enquanto Dilson declarou que vai precisar de até R$ 500 mil para continuar na cadeira de prefeito. César tem na relação do seu patrimônio um apartamento em Aracaju, casa na praia da Caueira, parte de uma fazenda e uma boa poupança. Dilson é dono de três imóveis rurais e quatro imóveis em Aracaju. Veja no BOX a seguir o ranking dos candidatos majoritários mais ricos nos dez municípios com maior eleitorado.
OS MAIS RICOS*
1- GILSON ANDRADE (PTC – Estância)
Gasto de Campanha: R$ 800.000,00 Bens declarados: R$ 1.662.717,62
2- HELENO Silva (PRB – Canindé do São Francisco)
Gasto de Campanha: R$ 800.000,00 Bens declarados: R$ 1.220.000,00
3- LILA FRAGA (PSDB – Lagarto)
Gasto de Campanha: R$ 2.000.000,00 Bens declarados: R$ 914.530,74
4- FABIO HENRIQUE (PDT – N. Sra. do Socorro)
Gasto de Campanha: R$ 2.500.000,00 Bens declarados: R$ 903.078,45
5- CESAR MANDARINO (PSC – Itaporanga d’Ajuda)
Gasto de Campanha: R$ 200.000,00 Bens declarados: R$ 819.808,75
6- DILSON DE AGRIPINO (PT – Tobias Barreto)
Gasto de Campanha: R$ 500.000,00 Bens declarados: R$ 800.890,00
7- MARCOS ANDRADE (PPS – Tobias Barreto)
Gasto de Campanha: R$ 200.000,00 Bens declarados: R$ 727.245,61
8- CARLINHO DA PADARIA (PTdoB – Itaporanga d’Ajuda)
Gasto de Campanha: R$ 1.000.000,00 Bens declarados: R$ 700.000,00
9- VALMIR MONTEIRO (PSC – Lagarto)
Gasto de Campanha: R$ 500.000,00 Bens declarados: R$ 559.000,01
10- PROF. WANDERLÊ (PMDB – São Cristóvão)
Gasto de Campanha: R$ 1.000.000,00 Bens declarados: R$ 500.000,00
11- CARLOS MAGNO (DEM – Estância )
Gasto de Campanha: R$ 500.000,00 Bens declarados: R$ 462.600,00
12- PEDRITA – (PHS – Umbaúba)
Gasto de Campanha: R$ 179.500,00 Bens declarados: R$ 420.118,80
Pobres
Nos mesmos dez maiores municípios em número de eleitores, três candidatos aparecem como os mais “pobres” – neste caso na acepção mais profunda da palavra, já que declararam oficialmente não possuir bem algum. Um deles, o padre Inaldo (PCdoB) vai disputar a prefeitura de Socorro, contra Fábio Henrique, que aparece na lista a seguir como o quarto candidato mais rico. Apesar de nada ter, o padre pretende gastar na campanha até R$ 800 mil – três vezes menos do que a previsão do seu opositor.
Outros dois “sem-nada” vão disputar a prefeitura do igualmente desprovido de riqueza município de São Cristóvão (48.583 eleitores): Carlos Vilão (DEM) e Professor Luiz Alberto (Psol). Mesmo sem posses, Vilão registrou que poderia gastar até R$ 1 milhão. Luiz Alberto deixa claro que os gastos da sua campanha não deverão passar do R$ 50 mil.
Eles se unem à Vera Lúcia (Psol), que disputa a prefeitura de Aracaju e também não possui patrimônio, conforme o JORNAL DA CIDADE já mostrou. Jean Carlos, de Boquim, fecha a lista dos mais desprovidos de bens materiais (possui apenas uma motocicleta ano 2009, no valor de R$ 5,5 mil), mas que pretende gastar R$ 800 mil até outubro. Acompanhe a tabela.
OS MAIS POBRES*
1- PADRE INALDO (PCdoB – N. Sra. do Socorro)
Gasto de Campanha: R$ 800.000,00 Bens declarados: Nenhum
2- CARLOS VILÃO (DEM – São Cristóvão)
Gasto de Campanha: R$ 1.000.000,00 Bens declarados: Nenhum
3- PROF. LUIZ ALBERTO (PSOL – SÃO CRISTÓVÃO)
Gasto de Campanha: R$ 50.000,00 Bens declarados: Nenhum
4- JEAN (PSD – Boquim)
Gasto de Campanha: R$ 800.000,00 Bens declarados: R$ 5.500,00
*As duas tabelas consideram os dez municípios com maior número de eleitores em Sergipe, com exceção de Aracaju: N. Sra. do Socorro, Lagarto, Itabaiana, São Cristóvão, Boquim, Estância, Canindé do São Francisco, Itaporanga d’Ajuda, Umbaúba e Tobias Barreto
No interior do estado, o médico e deputado estadual Gilson Andrade (PTC), que disputa a Prefeitura de Estância, é o mais rico. Ele possui propriedades rurais, imóveis e veículos avaliados em pouco mais de R$ 1,6 milhão. Para se eleger no município que é o sexto em número de eleitores, com 40.224, Gilson espera gastar no máximo R$ 800 mil, conforme informou também ao TSE.