A Secretaria de Estado da Saúde (SES) iniciou ontem, 14, a capacitação dos 75 municípios sergipanos para introdução do novo larvicida que será utilizado contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. A capacitação segue até hoje, terça-feira, 15.
A utilização do novo produto, o Novaluron, vem em substituição ao Temephós. A necessidade de substituição foi constatada a partir de uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde (MS) que mostrou a resistência das larvas do mosquito da dengue ao Temephós. Paralelo a pesquisa do MS, em Sergipe, uma iniciativa do Núcleo de Endemias da SES, em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), fez teste de resistência de populações de Aedes aegypti ao larvacida que estava sendo utilizado em 10 municípios e chegou à mesma conclusão.
Em Sergipe estamos utilizando o último estoque do Temephós. Após o término passaremos a utilizar o Novaluron, pois o Ministério não enviará mais o produto antigo. Até o final de abril faremos a capacitação, também, dos agentes que fazem parte da Brigada Itinerante, disse Sidney Sá, coordenadora do Núcleo de Endemias da SES.
De acordo com a coordenadora, o novo larvicida já foi testado e recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O produto é adquirido pelo Ministério da Saúde e enviado para a SES, que repassa para os municípios quando é solicitado oficialmente.
O Novaluron é um produto que tem apresentação de forma líquida e que precisa ser diluído em água. A aplicação é feita com um conta-gotas. Com um litro do produto pode-se tratar cinco milhões de litro d’água, explicou Sidney Sá. O produto é destinado ao tratamento de reservatórios, a exemplo de caixas d’água, tonéis e lavanderias. Outros recipientes como pratos de planta, garrafas PET e pneus devem ser destruídos ou esvaziados.
Mesmo com o tratamento realizado com o larvicida, os cuidados para a não proliferação do mosquito devem ser tomados e intensificados no dia a dia. As lavanderias devem ser lavadas com escova, água e sabão duas vezes por semana e não permanecer cheias de água por muito tempo para não se tornarem criadouros, assim como os pratos de vasos de plantas devem estar cheios de areia, orientou Sidney Sá.
Esperemos que o larvicida apresente um bom resultado, apesar de ser um produto químico, não apresenta risco para a população ou para os agentes de endemias que vão aplicá-lo, disse Maria do Socorro, coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Gararu.
Fonte: Ascom