Habacuque Villacorte, da Agência Alese
O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna na manhã de hoje (22) para anunciar que apresentou um requerimento convidando o ex-diretor administrativo e financeiro da Fundação Hospitalar de Saúde, Mário Ferreira, para que o mesmo explique aos membros da Comissão de Saúde sobre suas recentes declarações à imprensa dando conta que o dinheiro chega à FHS, mas também chega a relação sobre quem tem direito a receber ou não. Venâncio diz que não abre mão de ter explicações sobre esses supostos “apadrinhamentos”.
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Ao iniciar seu pronunciamento, o deputado foi direto ao assunto, destacando a entrevista concedida pelo ex-diretor da FHS. “Na entrevista concedida ao radialista Gilmar Carvalho, na Ilha FM, ficaram mais evidentes as deficiências do Hospital João Alves Filho com a falta de médicos, de medicamentos, de macas e de tudo! O paciente ainda tem que rezar para não chover por causa das goteiras. O governo também não enviou até hoje o plano de cargos e salários dos servidores da Saúde. Em Estância, o Hospital construído tem um ano e meio de construído, o prédio é bonito, mas o centro cirúrgico e as UTIs não funcionam até hoje! O hospital de Itabaiana começaram a reforma na primeira gestão de Déda (PT) e até agora não concluíram”.
Em seguida, Venâncio tratou do teor do seu requerimento. “Estamos convidando o ex-diretor para que ele venha à Comissão de Saúde prestar esclarecimentos. Digo isso porque as denúncias que ele fez no programa foram graves. Ele disse, entre outras coisas, que o dinheiro chegava à Fundação Hospitalar, mas junto a ele vinha acompanhado de uma lista sobre para quem devia receber. Aí o bicho pega! Por que essas preferências? Uma lista com a Secretaria de Saúde determinando quem devia receber e quem não devia? Por que esse privilégio? A Assembleia precisa saber e a Comissão de Saúde também!”.
Em aparte, o deputado Gilson Andrade (PTC) disse que participou de um debate, em uma emissora de rádio de Estância, com o ex-diretor da FHS. “Debate com ele em maio e ele garantiu no ar que no dia 1º de junho o hospital regional estaria funcionando. Eu acreditei nele, dei uma chance e deu no que deu. Mais uma vez eu permiti ser enganado, mas até hoje eles não fecharam a escala médica de cirurgiões. Se o paciente chega com qualquer patologia, que necessite de uma intervenção cirúrgica, ele é encaminhado para Aracaju”.
Gilson Andrade ainda citou que dispensaram o ortopedista. “Qualquer precisão, o paciente vai para Lagarto ou vem para a capital. Enquanto isso é lamentável ver grupos políticos disputando cargos na Saúde. É preocupante esse loteamento de cargos no governo, em especial na Saúde. Em Estância, entregaram o Detran a uma família. Alugaram um imóvel deles e ainda nomearam o diretor”.
Por fim, Venâncio agradeceu o aparte ressaltando que o colega de parlamento tinha lhe lembrando de outro detalhe. “Na matéria produzida pelo jornalista Joédson Teles, do Universo Político, Mário Ferreira diz que o governador usa da demagogia para tratar a Saúde. Isso é preocupante e mais ainda esses apadrinhamentos para os pagamentos. E agora que o grupo de Rogério Carvalho (PT), que causou isso tudo, está voltando com força total, imagine? Com o grupo de Déda sendo todo jogado para escanteio? Esse loteamento é no governo todo! Enquanto eles ficam com essas brigas internas, vendo quem tem mais força, o povo é quem paga a conta. Transformaram o governo em uma imobiliária política”, concluiu.