Do Sergipe 247
“No hospital eu faço quimioterapia. Trabalhando e servindo aos sergipanos, eu faço a vidaterapia”. É assim que o governador Marcelo Déda (PT) reafirma a sua disposição em continuar tocando suas atividades como chefe do Executivo Estadual ao mesmo tempo em que é submetido ao tratamento contra o câncer no estômago. A declaração foi dada ao caderno Sergipe Notícias, suplemento semanal do jornal Correio de Sergipe, publicado nesta terça-feira (9). A edição desta semana é comemorativa ao primeiro ano de existência do caderno e traz Déda na capa.
O texto da reportagem é extremamente correto e responsável, na forma exata que o tema requer. De acordo com a matéria, quando teve um câncer no estômago diagnosticado em setembro do ano passado, Déda precisou decidir se continuaria no cargo de governador ou se afastaria completamente para dedicação exclusiva ao tratamento, sendo a última opção a defendida por médicos e familiares. Ele surpreendeu a todos e decidiu não abandonar suas tarefas de governador, “estabelecendo aí a sua maneira peculiar de enfrentar a doença”, frisa o texto.
Desde então, anota a reportagem, “a rotina de Déda foi alterada para encaixar na sua extensa agenda as sessões de quimioterapia”. O tratamento, custeado pelo próprio governador, é realizado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Quando não está em sessão de tratamento e sente-se disposto, Déda participa normalmente de atividades administrativas, como o lançamento da nova fábrica da Yazaki e a assinatura do convênio com a Infraero para a reforma do aeroporto.
“Para muita gente que conhece Marcelo Déda, é a responsabilidade cívica e a vontade de continuar trabalhando no que ele estabeleceu como sua própria missão que dão forças ao governador para continuar enfrentando o câncer”, diz o caderno Sergipe Notícias. E prossegue: “ao que tudo indica, ele estava certo desde o início. Notícias boas surgiram desde então. No dia 15 de março, o governador recebeu a informação de que o tumor foi reduzido”.
A reportagem observa que diante dos efeitos da quimioterapia, “Déda está mais abatido, com os cabelos mais brancos e mais ralos, mas o seu bom humor, marca pessoal desde os tempos de militância estudantil, continua afiado”. “O seu sorriso largo e franco continua fácil. Não é pouco para quem enfrenta um tratamento tão pesado”, reforça.
Ao final, o suplemento produz o mais belo parágrafo de toda a matéria, ao dizer que a “vidaterapia”, criada por Déda, tem dado resultado. ““Eu tenho o câncer, mas o câncer não me tem”, costuma dizer o governador. Pelo resultado dos últimos exames, pela garra com que ele vem enfrentando a doença e pela torcida de milhares de sergipanos e brasileiros, está ficando cada vez mais claro que o câncer não o tem mesmo”, encerra.