A delegada Daniele Garcia revelou a imprensa nesta quinta-feira (21) que as testemunhas envolvidas no caso de subvenções que revelaram o esquema de uso irregular de verbas da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) estão sofrendo constantes ameaças de morte.
Delegada Daniela Garcia garante a segurança de quem falar a verdade sobre o esquema
(Foto: Tássio Andrade/G1)
“As testemunhas Clarisse e Agenilson foram induzidas a mentir e elas continuam sendo intimidadas. Vamos acompanhar eles dois e um gerente do Banco do Estado de Sergipe (Banese) e qualquer outra pessoa que queira dizer a verdade. A polícia vai garantir que nada aconteça com eles e também vamos punir quem estiver fazendo essas ameaças”, afirma a delegada do Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap).
Segundo Daniele Garcia, um carro com placa não identificada foi visto rondando a casa das testemunhas. “O gerente do Banese já havia sido ouvido pelo Ministério Público e pela Justiça Eleitoral onde ele teria omitido algumas informações. Ele me disse que foi procurado por duas pessoas no local de trabalho dois dias antes da audiência na Justiça Eleitoral para orientá-lo de como ele deveria proceder no depoimento”, afirma.
Clarice Jovelina de Jesus e José Agenilson de Carvalho Oliveira foram presos na segunda-feira (18) e conseguiram a liberdade provisória dois dias depois. Ela é presidente da Associação de Moradores e Amigos do Nova Veneza (Amanova) e ele teria recebido cheques da instituição na conta dele.
A Amanova recebeu mais de R$ 2 milhões através das subvenções em 2014 (ano eleitoral). A verba foi indicada pelos deputados estaduais Augusto Bezerra, Paulinho das Varzinhas e a ex-deputada Suzana Azevedo, que é conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Suzana nega que tenha se beneficiado com a doação e os deputados não se manifestaram sobre o assunto.
Na noite de quarta-feira (20), após a soltura da dupla, a polícia prendeu Dermival Luiz de Moura. Segundo a delegada, ele estava no bairro 13 de Julho com envelopes que continham vários documentos de interesse da investigação e, que segundo a polícia, seriam descartados.
Com informações de Marina Fontenele e Tássio Andrade do G1, em Sergipe
