É comum que a convivência diária traga para o casamento ou namoro, além das alegrias, alguns desconfortos. Viver a dois é saber que são duas personalidades que precisam aprender a respeitar um ao outro, inclusive os chamados ‘defeitos’. A falta de tempo, as pressões do trabalho, as dificuldades financeiras podem levar ao desgaste da relação. Um dos vestígios da frustração nas relações é o crescente número de divórcios no Brasil, que em cinco anos chegou a 75%, resultando 140 mil casamentos cancelados por ano no país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2011)
Não existe uma fórmula mágica para apresentar aos casais, mas a partir da terapia pode-se identificar os pontos de conflitos dos dois, trabalhar em cima das dificuldades para então superá-las. Os conflitos identificados podem ser de âmbito individual ou coletivo. Segundo Sarah Lopes, psicóloga do Hapvida, a busca pela Terapia de Casal tem crescido e dado bons resultados.
“Geralmente, a terapia de casal é indicada quando o casal percebe que ainda há sentimento ou algo que os une, e mesmo assim, a comunicação não é clara, ou ainda, o casal não consegue se fazer entender ou compreender aquilo que o outro tem a dizer. Muitos casais se envolvem muito jovens, e não possuem tempo suficiente para se conhecer, conhecer a família, saber se é exatamente aquela pessoa que quer conviver sob um mesmo teto, bem como, é comum que casais acabem morando juntos em pouco tempo, mesmo quando não há a presença de filhos. Variam muito as questões que trazem o casal à terapia, ou até mesmo, o motivo inicial não é o motivo real, é só um pretexto para que possam tentar resolver determinadas divergências nas relações”, explica.
“Outra questão muito comum é sobre as tarefas domésticas. Sabemos atualmente que as mulheres, assim como os homens, são também provedoras do lar, e exigem cada vez mais que os homens auxiliem nas tarefas domésticas, se não o fazem, ao menos não deixem coisas espalhadas para que ela necessite arrumar, embora, ainda exista uma cultura machista, onde os homens não foram educados para os cuidados com o lar, o que torna esta comunicação também difícil para ambos. Outro problema apresentado é o ciúme, que ainda é muito comum”, acrescenta.
Existe um mito que associa a busca pela terapia a uma possível separação do casal, mas não é isso, o papel do terapeuta é servir como mediador do conflito para que o casal aprenda a resolver sozinhos. Sarah Lopes afirma que os benefícios da terapia vão surgir com o tempo e a depender da demanda do casal.
“O resultado também depende do casal e da demanda. Pode haver uma resposta imediata ou mais tardia, dependendo da resistência das pessoas envolvidas. O importante é pensar que procurar ajuda e perceber quando algo não está bem é a ponta do iceberg. Viver a dois não é tarefa fácil, mas mesmo sendo difícil é preciso ser prazeroso, não pode ser sofrido, ou ter a sensação de que se carrega um fardo. Precisamos pensar que este peso é para ser dividido, dessa forma ele se torna leve”, orienta.
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Da Assessoria de Imprensa/Hapvida