O Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE) emitiu pareceres prévios pela rejeição de contas anuais das prefeituras de Lagarto, Boquim e Arauá, sendo as duas primeiras referentes ao ano de 2014, e, a última, a 2013. As decisões decorrem de julgamentos ocorridos no Pleno da última quinta-feira, 25, e têm em comum a constatação de que houve gastos excessivos com pessoal nessas gestões.
De acordo com os relatórios técnicos do Tribunal, nos períodos em análise, os municípios de Lagarto, Boquim e Arauá apresentaram gastos com pessoal nos patamares de 61,23%, 69,01% e 61,73%, respectivamente, quando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece, nesta situação, o máximo de 54%.
Lagarto
O processo referente ao município de Lagarto, alusivo ao ano de 2014, tem como responsável o ex-prefeito José Wilame de Fraga. Conforme relatório do Tribunal, naquele ano, o excesso do limite legal com gasto de pessoal foi verificado mesmo após emissão do “termo de alerta” de responsabilidade fiscal de nº 05/2014, dirigido ao município em julho de 2014.
Neste caso, contribuíram ainda para a decisão do TCE a ausência de lastro financeiro para pagamento no exercício seguinte, haja vista a disponibilidade de R$ 12.072.667,20, diante de restos a pagar no montante de R$ 21.048.600,20 (saldo em 31/12/2014); além de déficit financeiro de R$ 13.719.481,99, diante de um ativo de R$ 12.514.808,30 e um passivo financeiro de R$ 26.234.290,29.
Boquim
Referentes ao exercício financeiro de 2014, as contas anuais da Prefeitura de Boquim rejeitadas pelo Tribunal têm como interessado o ex-prefeito Jean Carlos Nascimento Ferreira. Segundo ficou comprovado na análise do corpo técnico do Tribunal, o gasto com pessoal no período também persistiu mesmo após “Termo de Alerta” exarado no decorrer do exercício financeiro.
Arauá