Por Cassia Santana*
As empresas que exploram o sistema de transporte coletivo já encaminharam pedido para reajustar a tarifa dos transportes públicos que atendem a região metropolitana. Nem as empresas nem a Superintendente Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) informaram o índice reivindicado. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) informou que só se manifestará sobre o novo valor da tarifa quando receber respostas da SMTT.
Por outro lado, a SMTT confirmou que já recebeu a reivindicação dos empresários, mas a assessoria de imprensa informou que a Prefeitura de Aracaju só se manifestará a respeito desta questão no próximo ano. Bem diferente do ano passado, quando o preço da tarifa foi reajustado ainda no mês de dezembro. No ano passado, a Prefeitura de Aracaju anunciou o reajuste de 14,2% no preço da tarifa no dia 6 de dezembro e o novo valor começou a ser cobrado três dias depois ao anúncio, no dia 9 do mesmo mês, momento em que o preço da tarifa passou dos R$ 3,50 para R$ 4,00.O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) informou que já enviou a planilha, destacando a oneração relativa aos produtos que compõem o sistema de transporte público, mas não detalhou qual seria o índice de reajuste solicitado para ser aplicado à tarifa.
Conforme nota enviada pela assessoria de imprensa do Setransp, a planilha contém detalhes sobre a tarifa técnica, que deve ser calculada com base em diversos itens, citando como exemplo os valores cobrados pelo combustível que abastece a frota, a mão-de-obra, que inclui a remuneração dos motoristas, cobradores e outros servidores que prestam serviços às empresas, além das peças de reposição, impostos que são pagos pelos empresários e outros itens, não detalhados, que, segundo a entidade patronal, foram reajustados desde o último aumento da tarifa concedido pela Prefeitura de Aracaju.
Na nota, o Setransp informa que o número de passageiros pagantes caiu 31% nos últimos anos, período em que também se verificou aumento de 80% no número de gratuidades. Questões que também devem impactar no cálculo da tarifa na ótica do empresariado. “Ou seja, para que haja sustentação do sistema de transporte, é necessário o equilíbrio entre o número de passageiros pagantes e os custos para prestação do serviço”, destaca a nota.
O Setransp destaca ainda que a planilha tarifária do transporte público coletivo foi encaminhada à SMTT, atendendo as diretrizes da Lei Municipal de Aracaju 1.761/91, que regulamenta a tarifa de ônibus.
Por Cassia Santana, do portal Infonet
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